Domingo, 28 de fevereiro de 2010 - 08h15
O “ao vivo” da vida é o instante vivido. Quando o fato acontece, o agora. Como a vida é uma sucessão de momentos vividos, ela se constrói a partir da somatória desses acontecimentos. Fatos que, obviamente, são bons ou maus, que geram satisfação ou sofrimento, que merecem ser relembrados ou não.
Relembrar é reviver mentalmente. Isto gera um sentimento dependendo do tipo da lembrança. Ao lembrarmos de dissabores, sentiremos o gosto amargo dessa lembrança. Quando saborosa, a lembrança nos trará alegria, felicidade.
O hábito de lembrar integralmente da vida como ela foi (é) não faz bem aos sentimentos. Há fatos que devem ser sumariamente esquecidos. Inumados nas profundezas desse esquecimento. Deles devem ficar as lições. Somente as lições que deixam os ensinamentos de que precisamos praticar para que tais acontecimentos não se repitam. Este é o único lado positivo que a adversidade e o erro nos disponibilizam. Utilizá-lo é fundamental, é inteligente, sensato.
Como a maioria dos filmes e algumas produções por imagem que não sejam transmitidas ao vivo, a vida precisa ser editada. Devemos selecionar as melhores imagens e os melhores sons para com eles editarmos a nossa história de vida, aquela que deve frequentar com assiduidade nossas lembranças. O resto deve ser descartado, jogado no lixo do esquecimento, depois que assimilarmos a lição deixada pelos desencontros.
Projetar e reprisar os momentos que nos infelicitaram nos trarão os dolorosos sentimentos vivenciados quando eles aconteceram. Não é de bom gosto, portanto, assistir essas sessões.
Edite o melhor de seu passado e transforme sua vida num filme ou numa novela em que o mais feliz e satisfeito dos espectadores seja você.
Tendo sua audiência, terá mais chance de conquistar a dos outros. Ibope para você.
Fonte: Viriato Moura / viriatomoura@globo.com
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