Terça-feira, 16 de fevereiro de 2010 - 07h32
A facilidade desvaloriza. Tudo que recebemos gratuitamente, sem esforço, parece-nos que vale menos.
Isto é óbvio e lógico. Porque o valor do que recebemos é quantificado pelo esforço que fizemos para recebê-lo.
Esta condição é material e sentimental.
Filhos de famílias abastadas, com frequência, não sabem dar valor ao que têm. Como nasceram em berço de ouro e tudo lhes foi facilitado acabam frustrados porque não há obstáculos para muitos de seus desejos. Na maioria das vezes o que querem, têm. Logo, o que recebem nem sempre tem a intensidade do sabor que na verdade possuem por falda da dificuldade para condimentá-lo.
No âmbito das conquistas sentimentais acontece o mesmo. Um exemplo típico disto são as chamadas mulheres (e homens também) fáceis. São conquistas insípidas, desprovidas do desafio da dificuldade. A dificuldade incita o brio, desafia a competência.
Ceder ao primeiro pedido, quando não há urgência, não é oportuno. Mesmo que se queria aceitar, que se concorde e que se possa ceder é pedagógico para as partes envolvidas que se coloque alguma dificuldade para tal. Agindo assim, quem cede agrega valor ao que cedeu, e, quem recebe, se sentirá mais compensado porque dará mais valor ao que recebeu.
O cedente, ao valorizar o que cedeu, em tese tem seu crédito aumentado com quem recebeu. E o que recebeu dará mais valor ao recebido.
O sabor da dificuldade, a princípio amargo, certamente depois adoçará e valorizará todas as conquistas, materiais e sentimentais, na proporção de sua intensidade.
Fonte: Viriato Moura / viriatomoura@globo.com
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