Quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011 - 13h11
No dia 22 de setembro do ano passado encaminhei à OAB Rondônia uma representação contra um advogado que, na mesma data, proferiu uma rajada de impropérios direcionados à minha pessoa durante uma audiência de conciliação. O fato aconteceu antes mesmo de eu ou meu advogado termos proferido uma única palavra. Demonstrando total falta de compostura, o transtornado senhor desrespeitou até a conciliadora, Dra, Lauren Esbazi, que o a admoestou para que se calasse.
Queixei-me à OAB na esperança de ter daquela instituição uma resposta diante da atitude de um reles rábula que envergonhara e continua envergonhando a sua classe. Um coitado sem prumo que precisa de alinhamento.
Como seria de se esperar, uma instituição da envergadura da OAB acataria a representação, mandaria apurar os fatos com isenção, e, após o julgamento pelo seu Conselho de Ética, informaria o resultado ao denunciante como é de praxe e de direito.
Todavia, em relação a minha representação contra o rábula de carteirinha, nada disso aconteceu até a presente data. Quase cinco meses se passaram e a OAB Rondônia não se pronunciou a respeito.
É lamentável que tenha sido assim, pelo menos até o momento. Afinal, também é função primordial daquela instituição fiscalizar e julgar (punir, se for o caso) as ações de seus membros posto que é da boa imagem de cada um deles que a sociedade julgará e formará conceito de toda uma classe que tem a nobre missão de contribuir, através da prática do direito, para que se faça justiça.
Indivíduos desqualificados, com desvio de comportamento, uma vez denunciados com clareza, como foi o caso em questão, deveriam ser averiguados e julgados. Caso sejam verdadeiramente culpados, devem receber, por óbvio, as sanções éticas pertinentes. Na representação que fiz contra o chicaneiro, detalhei suas ofensas, indiquei testemunhas e como encontrá-las facilmente. Não há desculpas, portanto, para que o conselho ético da OAB, passados cinco meses, não tenha julgado um fato tão elementar. Mesmo porque o patológico encrenqueiro é useiro e vezeiro em protagonizar atitudes que derrapam entre o agressivo e o ridículo. É até constrangedor dizer isto de uma pessoa cuja idade deveria fazê-la alguém de respeito e não motivo de chacota.
Como se não bastasse a sua agressividade descabida na audiência de conciliação, ele repetiu a dose, na versão ridícula, na de julgamento. Após a sentença proferida pelo juiz no final da audiência que me deu ganho de causa, o esquálido senhor de triste figura teve a petulância de criticar, dirigindo-se ao magistrado, sua decisão, e ainda ensaiou declamar um famoso texto sobre as nulidades. Nada mais precisa ser dito: um rábula que ofende a parte contrária na frente de um representante da justiça numa audiência de conciliação e faz crítica frontal a um juiz de direito contestando sua sentença é algo absolutamente inaceitável. É possível que um advogado que obre tanta asneira e falta de decoro saia por aí impunemente?
Caso a OAB Rondônia insista em proteger com os afagos coniventes do corporativismo advogados desse naipe e não os puna no âmbito da ética ou, pior ainda, se permitir que rábulas como esse continuem entronizados em funções que não se compatibilizam com atitudes tão deploráveis, só nos resta lamentar que a seccional de meu amado Estado contribua para macular a imagem de uma organização respeitável cuja história a nível nacional em favor da cidadania é sobejamente conhecida, respeitada e aplaudida.
Nota do Autor− Espero que a OAB Rondônia, ainda que tardiamente, pronuncie-se sobre o caso em questão. O que peço não é favor algum, é o cumprimento de um dever. Afinal, uma organização com propósitos tão dignificantes, pelo menos no que tange à moral e à ética deveria dar o melhor exemplo.
exemplo.
Fonte: Viriato Moura / jornalista DRT-RO 1067 - viriatomoura@globo.com
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