Sexta-feira, 28 de junho de 2013 - 18h00
O recente discurso da presidente Dilma, quando tratou das manifestações populares que tomaram as ruas do país, e elencou suas propostas emergenciais para atender alguns dos anseios populares mais prementes, pretendia ser compressa morna para atenuar a inflamação do movimento, mas tornou-se, de certo modo, um tiro no pé.
Antes de a presidente fazer seu pronunciamento à nação, num momento tão decisivo como o atual, deveria ser melhor assessorada e ainda chamar para o meio da roda de fogo, a oposição – que também tem seu quinhão de culpa por esse lamentável estado em que nos encontramos.
Na falta de melhores sugestões para os itens propostos, o pronunciamento resultou num arremedo de samba do crioulo doido para gregos e troianos. Dentre os pontos mais marcantes, destaque-se a proposta de modificação pontual na Constituição, no que tange a uma reforma política. O jeito de como fazer a tal reforma passou por várias possibilidades: plebiscito, referendo, proposta de emenda constitucional.
Diante do imbróglio instalado, nesse mister, de imediato, a OAB e diversos juristas contestaram o modus operandi escolhido pelo governo de uma reforma parcial da Carta Magna, mas não definiram caminho algum: cada um entendeu a seu modo as leis vigentes no país. O próprio ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, na tentativa de apresentar uma definição para o impasse, fez declarações confusas que nada esclareceram. Neste momento, toma força entre os doutos em direito a opção pelo referendo por ser de menor custo e mais célere. Todavia, o governo insiste em um plebiscito.
Tudo indica que a injeção na veia dos detentores do poder neste país, aplicada através da mobilização popular, fez com que fossem acometidos de um choque de consciência da razão de sua existência enquanto representantes daqueles que o elegeram.
O povo, que estava perdido, passou a bola para quem os fez assim. E agora terão que se tratar do próprio veneno: depois de tantos carnavais, tiveram certeza de que são empregados desse povo que distratavam sem dó nem piedade. Povo que parece ter assumido seu verdadeiro papel na construção de um novo país. Porque concluiu, ainda que tarde (muito tarde!), que continuar deixando o timão do barco chamado Brasil nas mãos de tantos condutores desqualificados é condená-lo a inexorável naufrágio.
Uma coisa é líquida e certa: tudo isso que está acontecendo só terá resultado pragmático, resolutivo no sentido das mudanças necessárias pretendidas, se expulsarmos do poder, através do nosso voto nas próximas eleições , de uma vez por todas, TODOS os que há muito vêm nos fazendo tanto mal.
Pedir segunda opinião médica: um dilema dos pacientes
Até que ponto é válido ouvir uma ou mais opiniões de outros médicos quando se quer avaliar a do médico que nos trata? Essa atitude tem resultados pr