Quarta-feira, 16 de junho de 2010 - 19h29
Ensinar que criança tem de obedecer os mais velhos é algo que pode ser perigoso. O cérebro infante, como uma espoja, capta tudo que lhe ensinam (ou impõem) de um jeito muito definitivo. É como se fosse uma marca com ferro em brasa.
Muitas crianças, por se negarem a aceitar sempre essa condição submissa, são maltratadas física e psicologicamente. É claro que precisamos exercer controle na medida certa sobre elas para seu próprio bem. Por sua fragilidade física, ingenuidade, falta de experiência e de conhecimentos são presas mais fáceis.
No mais, quando não se estabelecem limites elas tendem a avançar nessa permissividade e se transformam em pessoas sem referências do que podem ou não fazer. Como a vida não aceita esse tipo de gente de bom grado, terão de pagar, mais cedo ou mais tarde, por essa conduta descontrolada.
A criança precisa ser estimulada a pensar, a discernir sobre o que deve ou não ser feito. A imposição pura e simples só deve ser praticada quando o diálogo (na fase em que a criança já entende) não for suficiente para convencê-la de que seu ato, comprovadamente prejudicial, não deve ser praticado. Nesse contexto, não restará ao adulto outro jeito de evitar o dano a não ser valendo-se de sua supremacia.
Caso pudessem, os bons pais manteriam seus filhos numa redoma, sob seu permanente controle e proteção. Como isso não é possível, tendem a superprotegê-los com podem. A proteção excessiva, entretanto, não cria nos filhos os meios suficientes de que precisam para se protegerem por si só. Dependentes, tornam-se fracos . Ao invés de tão-somente proteger, é preciso ensinar a se defender.
Porque a maior arma que se podemos municiar nossos filhos ou alguém que mereça essa deferência, desde quando ainda crianças, se possível, é a capacidade de se defender com os meios de que dispõe. Para tal, deve-se estimular sua capacidade de discernir os prós e os contras de qualquer atitude e a identificar quem merece crédito. E isto não se conseguirá impondo posturas subservientes, mas ensinando a viver e a conviver. A ser uma pessoa preparada para enfrentamentos do cotidiano.
Fonte: Viriato Moura
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