Segunda-feira, 29 de outubro de 2012 - 19h13
Nossa
Porto Velho, a partir do próximo ano, estará sob nova direção. O que significa, objetivamente, isso? Apenas que estaremos sob o comando de um novo prefeito e sua equipe. O que nos reserva essa condição, só o tempo dirá. Qualquer certeza é puro exercício de ingenuidade. Ninguém sabe o que acontecerá. Nem Mauro Nazif, o escolhido.
Entre as promessas de campanha, mesmo que sejam absolutamente sinceras – como somos levados a crer que são as de Nazif – e a realidade do cotidiano há uma hiato cuja dimensão é difícil de avaliar com razoável precisão. O dito e o que será feito dependerá de um conjunto de variáveis que fogem ao controle daquele que tem a missão maior de transformar o dito no feito. Como se sabe, em administração pública nem tudo que se quer fazer se consegue fazer.
Mauro Nazif, o prefeito, e Dalton di Franco, seu vice conhecem de sobra os problemas de nossa cidade. Ambos vivem aqui há muitas décadas e são pessoas que têm demonstrado interesse pela solução dos questões sociais que nos afligem. Nazif é médico e político atuante há mais de duas décadas em nosso meio. Dalton, que também tem vivência política, é um dos mais conhecidos e prestigiados comunicadores de Porto Velho, atuando no rádio e na televisão também há décadas – um especialista em programas policiais.
A longa experiência do futuro prefeito no âmbito da política lhe será muito útil tanto nos níveis municipal e estadual, como no federal. Tem bom trânsito em todas essas áreas. E saber lidar com político é preciso vivenciar a política partidária. As manhas e artimanhas do meio exigem contorcionismo circense. O primeiro passo é trocar o “eu” pelo “nós” – exigência basilar do regime democrático. Se o Legislativo resolver boicotar o Executivo, adeus governo. E o povo que se dane.
Quanto aos projetos apresentados ao longo da campanha, não há a menor dúvida que foram aprovados pela expressiva maioria dos eleitores. As esmagadora vitória, com 63,36% dos votos válidos, atestou essa assertiva.
O novo prefeito e seu vice terão de enfrentar grandes desafios. Desafios que para serem vencidos impõe-se que tenham um novo olhar sobre Porto Velho. Que não é mais uma cidadezinha do quintal do Brasil. Que não acompanhou as exigências a ela impostas pelo crescimento populacional exagerado dos últimos anos. Que ainda convive com problemas que já deveriam ter sido resolvidos mas que patinam no mesmo ponto há décadas a despeito do clamor da população, que sofre com eles. Que ainda há bairros inteiros em condições desumanas. Que vivencia um momento de apreensão em relação ao término da construção das usinas do Madeira. Que precisa de mais oportunidades de trabalho e lazer para que a juventude, principalmente, não migre para as drogas, a prostituição, a criminalidade. Que ainda necessita melhorar a assistência à saúde. Enfim, que tenha qualidade de vida.
Os próximos quatro anos são de importância ímpar para o doravante da nossa amada Porto Velho. Somente um governo municipal competente, que conte com a ajuda do estadual e do federal, tendo à sua frente um prefeito que deixe absolutamente claro que veio para cumprir o que prometera ao longo da campanha, poderá nos salvar de um futuro amargo. Porque quanto mais forem postergadas as soluções, mais difícil e maiores os problemas se tornarão.
Ao tempo em que parabenizamos o Mauro e o Dalton pela grande vitória, desejamos com intensa sinceridade que façam um governo compatível com suas trajetórias pessoais. Assim, só assim, ao término de seus mandatos, sairão mais vitoriosos do que entraram.
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