Terça-feira, 21 de outubro de 2014 - 18h27
Há muito que não se vê tanto interesse numa eleição como na que se avizinha. E isso é bom: significa que os eleitores estão mesmo preocupados com o destino de seu estado e de seu país. Muitos, mais do que antes (espera-se), aprenderam que quem vota irresponsavelmente poderá pagar caro pelo seu ato.
A propaganda eleitoral e os debates, enfim, o que os candidatos dizem que são, o que fazem, e, principalmente, o que farão, podem contribuir para um melhor esclarecimento dos eleitores. Porém, lamentavelmente, as atitudes dos vencedores do passado, não têm se compatibilizado com seus atos. Prometer e não cumprir parece fazer parte das regras do jogo. Há aqueles, inclusive (e como há!), que fazem promessas que sabem que nem sequer são capazes de cumprir, ainda que queiram. Mas, no vale-tudo para ganhar as eleições afirmam com veemência que farão.
Dizem as velhas raposas do meio que em política só não vale perder. O resto vale. Diante desse critério amoral que permeia essa atividade que deveria ser nobre mas que, na maioria das vezes, rasteja por lamaçais nos esgotos de seus bastidores, cabe a nós, eleitores, o cuidado de não caminhar por esse terreno sujo com ingenuidade.
A propósito, ingenuidade certamente não faz parte desse contexto onde só sobrevivem os espertos. Por isso, quando assistimos um horário eleitoral ou até mesmo um debate, onde os candidatos ali presentes em grande parte não correspondem ao que eles são de verdade, temos que exercitar nosso discernimento para separar o que é real da ficção. Muitas vezes, essa segunda opção, criada por profissionais de marketing muito bem pagos, é o que predomina na imagem do candidato. Não fosse assim, certamente que o povo seria muito mais bem servido e os mesmos problemas não atravessariam década, por vezes séculos, sem solução.
No próximo domingo, quando será decidido o segundo turno destas eleições, ao pressionarmos a tecla “confirma” deveríamos fazê-lo perfilados e com garbo de um verdadeiro cidadão que está votando somente com sua consciência, baseado em atenta observação da vida pregressa dos candidatos, do que eles realmente fizeram pelo povo em sua trajetória de pessoas públicas. Jamais a partir tão somente de um eventual convencimento baseado na propaganda eleitoral e nos debates. Esses, muitas vezes confundem mais que esclarecem.
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