Quinta-feira, 4 de março de 2010 - 22h23
Quando buscamos oportunidade, não raro estamos à procura da porta que dá acesso a ela. À porta de entrada, portanto. Mas, geralmente, não temos a mesma preocupação em relação à saída.
É um erro agir assim. Erro que poderá nos custar muito caro.
Saber da saída, de qualquer situação, é tão ou mais importante de que saber da entrada.
Saída que pode ser tão-somente desistência, fuga, mas também justificativa para a falha cometida ou a transformação em outra oportunidade positiva. Em todas as situações, mesmo que a saída planejada não nos isente de culpas e demais danos, pelo menos que os reduza, na proporção do ato cometido, ao mínimo possível.
Muito do que nos arrependemos ter feito advém dessa falta de prudência. Nossa ambição, a vontade de avançar, de conseguir e de vivenciar a oportunidade muito desejada pode nos cega a ponto de nos tornar intempestivos, inconsequentes. Entramos na oportunidade, por vezes de cabeça, sem termos pelo menos um plano alternativo, uma saída, ou seja: um jeito para atenuar nosso ato caso não dê certo o que pretendemos.
Dar importância equivalente à entrada e à saída de qualquer ação que empreendemos é o que de mais sensato podemos fazer para nos preservamos de danos provocados por nossos atos.
Lembremo-nos, pois: é preciso saber qual a saída para todos os nossos atos. Pelo menos uma. Sempre que possível. Quando isso não for possível, só nos resta correr o risco. De ficar sem saída.
Fonte: Viriato Moura / viriatomoura@globo.com
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