Sábado, 14 de abril de 2012 - 17h23
Está chegando a hora. Daqui a menos de cinco meses precisamos estar decididos em quem votar para administrar nosso município nos próximos quatro anos, se o eleito for até o fim do seu mandato.
Alguns dirão que ainda é cedo para pensar nisso. Daí preferirem esperar a definição dos candidatos nas convenções partidárias e o que eles têm a dizer ao longo da campanha. Essa posição demasiadamente expectante, deixando para a última hora essa análise, pode nos levar à escolha equivocada.
A pressa não contribui para uma boa escolha. Por isso, uma decisão dessa relevância deve demandar tempo. Para começo de conversa, não é tão somente o que dizem os candidatos e seus correligionários que deve ser levado em conta. Muito menos o que dizem as peças publicitárias a seu respeito, produzidas por quem foi contratado por eles para elogiá-los.
As palavras de qualquer pessoa sobre si mesma ou sobre quem lhe interessa só devem ser levadas em conta se compatibilizadas com atos. A história de vida é único avalista crível sobre a conduta de alguém . O resto pode ser conversa fiada.
Precisamos estar atentos. Na medida em que as eleições municipais se aproximam, gente que até bem pouco tempo agia com lobo, ou simplesmente não agia, fantasia-se de simpáticos e afáveis cordeirinhos para confundir incautos eleitores. Alguns – os contumazes caras de pau – não têm, sequer, vergonha de se maquiar com verniz. As aparências, como se sabe, enganam. Em se tratando de candidatos a cargos públicos, enganam muito mais.
Por enquanto, há somente pretensos candidatos. Alguns deles, face ao prestígio que usufruem em seus partidos, até já se acham os próprios. Mas é possível deduzir que pelo menos alguns deles serão mesmo os escolhidos nas convenções partidárias. O que você acha desses que, em tese, estão no páreo?
Antes de responder essa pergunta importante, é preciso que saiba, claramente, o que você espera do nosso próximo prefeito. Mais que isso: se o que você espera é algo que atende também as necessidades da nossa população. Após responder essas perguntas preliminares, resta saber qual o perfil do homem ou da mulher que você, com seu voto, confiará a importante missão de administrar nossa cidade a partir de janeiro do próximo ano.
Vamos tentar, juntos, compor esse perfil.
Vejamos se você concorda comigo. É importante que para levarmos algo a bom termo precisamos ter afinidade sincera com o objeto de nossa empreitada. Logo, se o futuro gestor do nosso município não tiver vínculos afetivos com ele, dificilmente terá interesses mais nobres em transformá-lo em algo melhor do que é, onde as pessoas realmente tenham melhor qualidade de vida. Essa condição fará, também, com que cultive a preservação dos nossos valores sentimentais e materiais nativistas, e os restaure e revitalize se já foram esquecidos, destruídos ou danificados. Quem ama, preserva.
Tudo bem, acho que todos concordam que é fundamental que que qualquer prefeito nutra benquerença pelo cidade que administra. Porém, evidentemente, isso não basta. O mundo está cheio de gente cheia de boas intensões que não chega e nem faz chegar a lugar algum. É preciso ter competência técnica e discernimento para identificar, estabelecer critérios de prioridade para os problemas existentes, e, principalmente, saber resolvê-los com os meios de que dispõe. Caso não os disponha, que conheça os caminhos onde encontrá-los. É preciso que tenha experiência política e saiba barganhar para conquistar a maioria na Câmara Municipal. No mundo político, trancar portas para esse ou aquele cujo apoio necessita ou poderá vir a precisar custará caro para os envolvidos diretamente e para a população. A política é feita de trocas, de acordos.
Além de todas essas virtudes, que devem ser exercidas sob a égide da ética e do bom senso, é preciso que o gestor público seja alguém que saiba captar além do óbvio. Que tenha a capacidade de se antecipar aos fatos danosos, e empreenda ações preventivas eficazes para que não aconteçam. Não podendo ser evitados, pelo menos que causem menos mal aos munícipes. A prevenção, como se sabe, sob todos os aspetos, é sempre o melhor remédio.
Nossa Porto Velho – espero que você concorde comigo – não é mais uma cidadezinha do interior, subestimada pelo fato de estar distante dos grandes centros do nosso país. Não, somos a capital de um estado promissor, rico em possibilidades e oportunidades, como deveríamos, todos que aqui vivemos, saber. Não deve, por isso, ser entregue a qualquer um aventureiro, que não tenha referências consistentes que nos garantam, de certo modo, que fará uma boa administração. O próximo prefeito da nossa cidade precisa ser alguém efetivamente preparado para o cargo – lembrem que terá que encarar o período pós-usinas. Alguém, portanto, que já tenha demonstrado competência em sua trajetória. Deixar esses atributos por menos é uma irresponsabilidade que pode custar caro a todos que aqui vivem.
Precisamos conhecer melhor os candidatos. É aí que a imprensa precisa contribuir com competência e isenção. Precisamos saber quem verdadeiramente são as pessoas que querem governar nossa cidade. Cabe a todos nós, jornalistas ou não, descobrir e expor publicamente o que pudermos sobre a vida de cada uma delas. Precisamos ir fundo nessa investigação, minha gente. Talento para tergiversar não lhes falta. Olho vivo nunca é demais. Depois, se escolhermos errado, resta-nos apenas reclamar. Atitude essa que tem se mostrado pouco eficiente para mudar o que precisa ser mudado.
NOTA DO AUTOR – O Projeto Viva Porto Velho, através do seu programa de TV, Viva Porto Velho, que vai ao ar todos os domingos a partir do meio-dia, pela RedeTV!, e do programa de rádio Porque Hoje é Sábado, pela rádio Cultura FM, de 11h a meio-dia, disponibiliza espaço ao pretensos candidatos a prefeito de Porto Velho, no período que antecede as convenções partidária, onde poderão expor suas ideias e dizer quem são . Os interessados devem entrar em contato com a produção desses programas através dos e-mails: vivapvh@hotmail.com,aniziogorayeb@hotmail.come viriatomoura@globo.com .
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