Quinta-feira, 7 de junho de 2012 - 10h54
Lamentavelmente as boas maneiras estão saindo de moda. Nos tempos atuais são poucas as pessoas atentas a esse pormenor essencial para o harmonioso relacionamento humano. O que tem de gente mal educada, que não respeita a presença e o espaço alheios é uma enormidade. E não pensem que são apenas as pessoas de baixa condição social que agem assim. Muito pelo contrário, por vezes essas até são mais contidas, incomodam menos.
Um dos exemplos de gente se acha e que não sabe se portar acontece habitualmente na capital do poder brasileiro. Quem já frequentou o aeroporto de Brasília sabe o que estou dizendo e, certamente, concluirá que tenho razão. Ali parece que só há autoridade e grande empresário. A cena se repete: o sujeito senta numa cadeira da sala de espera de seu voo, e começa a falar em alto e bom som ao celular. Grande parte desses conversa sobre negócios milionários e faz referência, como quem tem intimidade, a figurões da República. E os caras não estão nem aí se os circunstantes não querem ouvir aquelas particularidades e estão se sentido incomodados.
Dia desses fui ao cinema e tive o desprazer de ter a meu lado duas mulheres – uma parecia ser mãe da outra –, que chegaram depois de mim. Como se não bastasse o ruído dos sacos de pipoca e de suas bocas ao mastigá-las (crock, crock), a dupla resolveu conversar durante a projeção do filme. Uma perguntava à outra, entre comentários descabidos, sobre o que acontecia na tela. Cheguei a falar um “silencio por favor”, numa vã tentativa de assistir ao filme sem ruídos paralelos. Não resolveu. Levaram a conversa até o término da sessão.
A convivência social impõe atitudes sociais. Ou seja, comportamentos que considerem a presença dos outros e não lhes traga incômodos desnecessários. Quem assim não age, perde o direito de reagir a eventuais admoestações constrangedoras – que devem ser feitas para que aprendam a se comportar. Quem não respeita, não merece respeito.
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