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Viriato Moura

RESTA-NOS O NATAL


Este foi um ano denso de acontecimentos. Tivemos a Copa do Mundo, que foi antecipada por dúvidas quanto à estrutura para recebê-la e quanto a possíveis reações daqueles que se posicionaram contra o evento alegando que o governo tem outras prioridades de maior importância social para investir.

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Mesmo que o Brasil não tenha feito tão bonito como deveria no quesito estrutura, o alegre e hospitaleiro povo brasileiro deixou boa impressão nos estrangeiros que vieram participar do evento. Alguns do contra ensaiaram  manifestações, mas não lograram a repercussão que pretendiam. No geral, deu pra levar. Menos, é claro, aquela desmoralizante derrota do Brasil para a Alemanha, de 7 a 1. Também não pegou nada bem os nossos atletas de “alto nível” chorando por qualquer coisa e se recusando a bater pênalti diante do desequilíbrio emocional em que se encontravam devido às reiteradas pisadas na bola.

Foi-se a Copa, vieram as Eleições. Estas, no que se refere a  presidência da República, sem dúvida que foi a mais vibrante da história do país. Ora um candidato estava “disparado” nas pesquisas, ora outro. A disputa de segundo turno dividiu o país ao meio entre os que queriam e os que rejeitavam o continuísmo.

Em termos nacionais, entre a decepção de termos perdido a Copa em nossa própria casa e as dúvidas da metade dos eleitores quanto ao segundo mandato da presidente Dilma, caminhamos em direção ao final do ano. Mas, para “variar”, veio a Operação Lava Jato, que expôs, mais uma vez, os bastidores da corrupção no Brasil.

 Em nosso estado, deu-se uma nova oportunidade a Confúcio Moura na esperança de que, desta feita, sem alguns fatos que conturbaram seu governo em decorrência de condutas inapropriada de alguns de seus assessores, ele possa lograr mais sucesso. Porém,  recentemente, outra operação, a Plateias, veio sacudir os meios políticos. A edição desta semana da revista Veja mais uma vez coloca o nome de Rondônia  a nível nacional de modo desairoso. Esperamos que os acusados possam se defender a contento.

No âmbito municipal, uma tentativa frustrada de afastamento do prefeito. A essa altura, afastar o nosso mandatário municipal não seria um bom negócio para nós, munícipes.  Aliás, não sei a quem, honestamente, interessaria. Mudar por mudar, nada resolve. O diálogo, como sempre, ainda é o caminho mais sensato.    

Este ano que termina não foi o que podemos chamar de bom ano para o povo brasileiro, tampouco para o de Rondônia. Entre tropeços e até quedas, sobrevivemos. Ficaram algumas marcas, sem dúvida, porque não se sobrevive a atropelos impunemente. Mas é preciso que nosso doravante seja mais promissor. Estamos todos cansados de esperar das “autoridades” os dias efetivamente melhores que merecemos. Enquanto eles não vêm na medida que desejamos, resta-nos festejar o Natal. O que passou, passou.  Para aqueles que forem  inteligentes, ficou a lição dada pelos erros cometidos. Dentro do possível, é hora — pelo menos para os de consciência tranquila — de preparar a chegada ao final de mais este período de nossas existências  com a mente abrandada, com bons planos para o doravante, e  renovadas esperanças de que o ano que esperamos há tantos anos, seja 2015. É o que desejo a todos.         

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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