Domingo, 26 de outubro de 2014 - 09h38
Eis que é chegado o dia, eleitor: o seu dia! Dia em é a maior autoridade do Brasil porque definirá, neste segundo turno eleitoral, quem governará seu estado e seu país.
Nesses meses mais recentes, diferente da maioria dos demais nesses últimos quatro anos, o eleitor foi acariciado com palavras e gestos, ouvido com atenção e, principalmente bajulado pelos candidatos. Eminentes figuras públicas pediram por tudo que decida votar nelas. Mesmo que a história mostre que eleitores são descartáveis, que depois de eleitos os candidato são acometidos de uma amnésia sobre o que prometeram fazer, eles ainda insistem em jurar que suas promessas serão cumpridas e visam tão somente o bem comum, o nosso bem — e assim o farão enquanto houve pleito eleitoral.
Neste domingo, sua excelência o eleitor é quem terá o poder de decisão. Ou seja, aqueles que mandam e desmandam, que detêm muito poder, passam a depender “humildemente” da vontade de pessoas de todos os níveis, das mais humildes e de limitadas possibilidades intelectuais até as mais qualificadas. No regime democrático, se as leis forem obedecidas, não há como empregar meios coercitivos para induzir a essa decisão. A arma legal dos candidatos é o convencimento através de palavras e, principalmente, através de fatos que lhes dizem respeito.
Orgulhem-se pois, vossas excelências os eleitores, de viverem num país que lhes dá essa chance. Não a desperdicem irresponsavelmente, e jamais abdiquem dela votando branco ou nulo. Pensem nas consequências que advirão se fizerem uma má escolha. Serão pelo menos quatro longos anos em que todos nós teremos nossa qualidade de vida piorada. Porém, se a escolha correta for feita, até condições adversas que se arrastam por anos a fio podem melhorar ou até ser resolvidas. Pensem também que o perfil dos eleitos traduz o elenco de valores aceitos de quem os elegeu. Ou seja, ao se votar em determinado candidato, por óbvio estamos endossando o seu modo de ser e agir no contexto de suas atividades de ser público. Se escolherem um incompetente, um irresponsável, um corrupto ou portador de outras mazelas morais, estarão compactuando com esse candidato; estarão dizendo que aceitam esse tipo de atitude. E isso significa trair os legítimos interesses que deveríamos todos defender. E mais: ao agir assim estarão assumindo a coautoria dos danos que o candidato mal escolhido, se eleito, pode causar aos que dependerem de seus atos.
Eleitores, tomados de tamanha autoridade, é momento de exercê-la da melhor maneira que puderem. Claro que correm o risco de errar, mas o que vale é a busca do acerto com inteligência fundamentada em princípios éticos. Esse pode não ser um caminho infalível, mas, com certeza, é o melhor caminho.
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