Domingo, 7 de novembro de 2010 - 11h56
Há quanto tempo vivemos o mesmo viver? Meses, anos, talvez a vida toda. O que fazemos, assim, parados no meio do caminho? Ou tal como um cachorro insano que corre em círculo em busca do próprio rabo?
De quantas partidas já nos abstemos, mesmo não gostando de onde estamos, por medo das incertezas intrínsecas ao próximo destino?
Quantas caminhadas interrompemos tomados pelo cansaço da falta de determinação em chegar a nosso objetivo?
O que nos faz ficar? O que nos faz ir? O que nos move?
Entre a origem, onde estamos, e o destino, para aonde vamos, há a trajetória, a travessia a ser feita. A vida não é a estática da origem nem da chegada. A vida é travessia, é viagem.
Há um tempo em que precisamos abandonar nosso jeito de ser e de estar. Tempo de mudar, como quem troca vestes cansadas de nós, fora de moda, e esquecer os caminhos que nos levam sempre aos mesmos lugares. Atravessar é a razão para nos livrar do tédio que o ficar impõe.
A vida pede decisões, atitudes. Rejeita acomodações, esperas pelo que não vem. Os caminhos existem para ser caminhados. Esta é sua razão: ser espaço para caminhantes. Esses, por vezes, podem até se anteceder ao caminho, que nasce a partir de seus passos.
Ou ousamos empreender a caminhada, viver em continuado tempo de travessia, ou assumimos ficar, para sempre, a margem de nós mesmo. A margem do caminho, da vida.
Pedir segunda opinião médica: um dilema dos pacientes
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