Quarta-feira, 28 de abril de 2010 - 17h16
Antes de enfrentar o inimigo, quando possível – e na maioria das vezes é – precisamos avaliar nossa capacidade de vencê-lo. Vencê-lo nem sempre é possível enquanto vencer significar para nós sobrepujá-lo, submetê-lo a nossa vontade, ou até mesmo destruí-lo, eliminá-lo.
Todavia, quando nosso conceito de vencer significar eliminar o dano que o inimigo pode nos causar, por mais forte que ele seja, vencê-lo será sempre uma possibilidade.
Se o inimigo postar-se diante de nós como uma grande rocha intransponível, nada adiante tentarmos ultrapassá-lo se os meios de que dispomos forem tão-somente nossa habilidade e força físicas. Investir contra essa rocha com empurrões, murros e, pior ainda, cabeçadas no máximo que conseguiremos é provocar lesões em nós mesmos. Como uma rocha, o inimigo continuará lá, firme. Quanto a nós, restará a frustração que poderia ser evitada caso avaliássemos corretamente o obstá-lo a ser transposto e o método para transpô-lo.
Reconheçamos – e isto é fundamental – que há inimigos que são como poderosas rochas a bloquear nosso caminho. Desde logo devemos concluir que para vencê-los precisamos empreender estratégias que não envolvam o confronto direto, onde, certamente, sairemos perdedores.
Uma dessas estratégias é o exercício da paciência, que pode lograr êxito fazendo-o desistir de seus propósitos contra nós. Mesmo quando incitados pelos que nos acharem covardes, não devemos deixar nos levar por crises exacerbadas de brio que podem nos custar caro demais. Ser paciente, nem sempre significa ser submisso, covarde. O que não é sensato é enfrentar, na condição de um passarinho raivoso e corajoso, um gato faminto disposto a nos engolir. Isso não é luta, é suicídio.
Portanto, ter paciência com o inimigo que, em dado momento, não temos condições de vencer pode desmotivá-lo no que tange às suas pretensões danosas em relação a nós. Essa desmotivação pode esmorecê-lo, fazer com que baixe a guarda, porque perdeu a motivação de nos dominar, nos vencer. Essa pode ser nossa chance.
A paciência praticada com inteligência pode se transformar, em ocasiões, na única arma capaz de vencer certos inimigos “invencíveis”. Essa vitória poderá se dar até por simples desistência da parte dele.
Manter a paciência em nosso arsenal de defesa é uma atitude sábia.
Fonte: Viriato Moura
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