Domingo, 3 de novembro de 2013 - 17h50
A ideia foi cultivada durante alguns anos. Mas tudo tem seu tempo certo. E esse tempo começou há cerca de sete anos, quando resolvemos colocar no ar o primeiro passo do Projeto Viva Porto Velho: um programa de televisão com a pretensão de ser uma tribuna a favor de Rondônia.
O programa, por lógico, recebeu o nome de Viva Porto Velho. Seus objetivos: regatar nossa identidade nativa e lutar pelas legítimas causas da nossa gente. De início, fazíamos o programa quase que sozinhos. A pequena produtora que contratamos disponibilizou uma jovem que gravava as matérias externas que nós sugeríamos.
Com o passar do tempo, tivemos a adesão do amigo Anísio Gorayeb, que escrevia crônicas nativistas no Gente de Opinião, site que, posteriormente, seria nosso mais destacado parceiro, graças ao nativista convicto Chico Lemos, seu competente editor. Convidado, Anísio topou de pronto, com o entusiasmo que lhe é peculiar. Face ao conhecimento que tem de famílias pioneiras locais, passou a apresentar o quadro criado por ele intitulado Histórias da nossa terra, onde entrevista as pessoas que contribuíram com o crescimento e o desenvolvimento do nosso estado, em particular da nossa cidade.
Ao programa de televisão e aos textos que publicamos em vários sites, somou-se um programa de rádio apresentado todos os sábados das 11 ao meio-dia (atualmente, na Rádio Cultura FM), intitulado Porque hoje é sábado. Foi nesse período que resolvemos abrir espaço para Academia de Letras de Rondônia, que nos enviou seu vice-presidente, o professor William Haverly Martins, como seu porta-voz. William, que também publica artigos nos sites locais, veio se juntar a nós movido pelo mesmo sentimento que nos move: o nativismo. No momento, ele apresenta o quadro, que já é um sucesso, Chutando o Balde, onde faz críticas construtivas fundamentadas sobre nossos problemas urbanos e oferece sugestões para resolvê-los.
Durante algum tempo, tivemos a honra de ter como participante do programa de TV o conceituado jornalista Paulo Queiroz, que apresentava o quadro Momento Político, que foi um sucesso desde sua primeira edição. Paulo, entretanto, foi-se embora para sempre antes do combinado. Durante alguns meses, em obsequioso respeito à sua memória, o quadro ficou fora do ar. Recentemente, o competente jornalista Robson Oliveira fez retornar o quadro. Robson está conosco também no programa de rádio, brindando a todos com seus conhecimentos e suas abalizadas opiniões.
A produção do programa, atualmente, está por conta da New Produtora, do jovem Ricardo Farias, também um entusiasta das causas nativistas.
Ao longo de quase sete anos (a primeira edição do programa de TV foi ao ar no dia 22 de março de 2007) recebemos manifestações de apoio de muitos daqueles que comungam conosco do mesmo sentimento de amor por esta terra. O programa nos propiciou a criação um acervo com entrevistas de pessoas importantes que fizeram e de alguns que ainda fazem parte de nossa melhor história – algumas delas, infelizmente, já se foram. Quando for inaugurado o museu que visa resgatar a imagem e o voz de protagonistas dessa história (projeto da Associação Rio Madeira, presidida por William, que está sendo patrocinado pela Câmara Municipal de Porto Velho), que, esperamos, seja concretizado em breve face a restauração do prédio onde foi nossa prefeitura e, posteriormente, a câmara municipal, pretendemos doar todo esse material para que fique à disposição da comunidade para futuras pesquisas.
O Projeto Viva Porto Velho, além de sua atuação na mídia, empreende ações em favor da história e da cultura regionais, através de publicações de livros, apoio a projetos culturais, e de um programa que leva às escolas e outras instituições conhecimentos sobre nossa história. O economista e jornalista Anísio Gorayeb, porta-voz do projeto, dedica-se, há cinco anos, à pesquisa e ao estudo da história de Rondônia e ministra palestras sobre o tema, principalmente para jovens estudantes. Já as proferiu para mais de dez mil pessoas. No ano passado, por ocasião do centenário de inauguração da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, ele voltou seu foco temático para a história da ferrovia, que foi a maior epopeia do século XX e é a mãe do estado de Rondônia. Esse seu trabalho foi reconhecido pela Câmara Municipal de Porto Velho, que o agraciou com título honorífico.
O Projeto Viva Porto Velho, a despeito do que já conseguiu realizar, não pretende se deter. Todos os seus membros, que trabalham voluntariamente, pretendem ir mais longe com os bons serviços prestados pelo projeto, que visam tão somente contribuir para que nossa cidade e nosso estado ofereçam a qualidade de vida que nosso povo merece.