Terça-feira, 20 de abril de 2010 - 19h03
A dimensão da mente humana, por mais obtuso que seja o discernimento de alguém, clama por multiplicidade.
A existência, com suas diversas opções, não se deixa conter. A vida quer dar mais a todos nós. Aquele que decide pela restrição está condenado a deixar vida se perder pelo ralo existencial.
Há pessoas de gostos restritos. Negam-se a gostar de algo sem qualquer explicação cabível, ainda que para si próprios, sobre o motivo da rejeição. Por vezes, não gostam sem nunca ter visto, sem nunca ter experimentado, sem qualquer bloqueio moral que o impeçam de gostar. Simplesmente não gostam. Ou não querem gostar.
Ao limitarmos nossos acessos às oportunidades que a vida oferece, limitamos também nossas possibilidades de descobrir novos prazeres. Quando não há convicções muito fortes que coíbam nossa decisão de provar, não há por que não fazê-lo.
Não se pode negar que há condições intrínsecas de rejeição difíceis de transpor como, por exemplo, repugnância a certos alimentos, a certos atos, mesmo que esses sejam praticados por outros que sintam prazer com eles. Aqueles abominados pelos valores morais vigentes devem ser, obviamente, proscritos. Fora essas condições que nos agridem e nos bloqueiam, experimentar pode nos levar a descobertas surpreendentemente agradáveis. Mesmo quando, a princípio, achávamos que e não iríamos gostar. Por vezes, até por descabido preconceito.
Quando se trata de experimentar, não basta ser só de fora para dentro. Temos, também, de nos experimentar. De dar oportunidade a nós mesmos de expressar todas as nossas potencialidades, todas as nossas múltiplas facetas. Nossa multiplicidade, em suma. Há muitas pessoas que poderiam ter tomado importantes boas decisões, realizado grandes obras, mas que não o fizeram simplesmente porque sequer tentaram.
Expandamo-nos, portanto. Sejamos múltiplos. Vamos oportunizar à vida, às pessoas, e, principalmente, a nós mesmos as tantas chances que a existência oferece.
Fechando-nos para essas chances de viver mais plenamente, só temos a perder. E ainda ficaremos devendo ao mundo e a nós mesmos muito do que podemos oferecer do melhor que somos, e receber para ser o melhor que podemos ser.
Vivamos , portanto, a multiplicidade. Intensamente, se possível.
Fonte: Viriato Moura.
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