Sábado, 24 de julho de 2010 - 18h13
A maioria das pessoas vive para depois. Seus projetos pessoais mais interessantes e que lhes trarão mais alegria de viver, realização pessoal, vão sendo postergados para um tempo impreciso e incerto chamado “depois”.
Depois de se formar, depois de se casar, depois de ter filhos. Depois... depois....
Agindo assim, o momento é apenas uma passagem estreita em direção algo que mora mais adiante, num tempo chamado depois. É a certeza do presente entregue à possibilidade sem garantias de existir, o futuro. É a troca do seguro pelo provável, pelo talvez.
Todos nós sabemos que nossa única garantia é o aqui e o agora. Este instante vivido que jamais será exatamente o mesmo. Os momentos sempre são outros. Sabemos disto mas, paradoxalmente, raramente colocamos em prática.
Nossos sonhos precisam estar contidos em cada momento de nossa existência. Que deve ser degustado como um saboroso manjar quando é possível. Expelir ou engolir rápido, sem saborear, somente o amargor da vida.
Deixar para fazer o que gostamos, o que nos dá satisfação somente num amanhã que pode nem existir, é um risco. O infortúnio, traiçoeiro e malvado, nos espreita de tocaia nas encruzilhadas da existência. Não há habilidades nem ferramentas capazes de nos proteger o suficiente. Como o prazer, a dor é inerente à vida.
O aqui e o agora é o que temos de garantido e real. O passado já cumpriu sua parte, passou. O futuro, ainda que o tenhamos planejado com minuciosa maestria, não sabemos se será como planejamos ou até mesmo se teremos futuro.
Portanto, façamos o que almejamos e podemos fazer agora, no momento presente, o mais próximo que pudermos fazê-lo. Antes que seja tarde.
Fonte: Viriato Moura - viriatomoura@globo.com
Gentedeopinião / AMAZÔNIAS / RondôniaINCA / OpiniaoTV
Energia & Meio Ambiente / Siga o Gentedeopinião noTwitter / YouTube
Turismo / Imagens da História