Segunda-feira, 8 de junho de 2015 - 09h22
O público que não compareceu simplesmente perdeu nesses 3 dias do Festival de Cinema de Porto Velho bastante conteúdo cultural apresentado nos filmes na telona do Teatro Guaporé.
Já os que compareceram puderam assistir a memória de Zé Dantas compositor que fez muitas canções de Luiz Gonzaga no filme "Psiu" de Recife - PE, de Antonio Carrilho, co-direção Juliana Lima, se tem o registro de Ariano Suassuna (in memória), defensor exaustivo da música nordestina como referência nacional além de Fagner, Geraldo Azevedo e pessoas humildes que conheceram Zé Dantas. Mereceu o melhor filme, melhor média metragem, seletiva nacional no 6º Curta Amazônia Mundi. O filme é uma Cinebiografia do compositor Zé Dantas. Autor de letras como Sabiá, O Xote das Meninas, Riacho do Navio, Vozes da Seca entre outras. Zé Dantas, junto com seu amigo e parceiro Luiz Gonzaga deu vida e emoção a dezenas de canções que marcaram a história da música brasileira.
Essa é a verdadeira contribuição dos realizadores de filmes que mostram ao nosso público a qualidade da produção de Cinema que não estão em cartaz no País. É por isso, os que foram ao Cinema no Teatro Guaporé, saíram e muito satisfeito com a qualidade de filmes e o vastíssimo conteúdo cultural exibidos na telona local nesses 3 dias.
A premiação e reconhecimento da iniciativa dos Índios Cinta Larga, isso mesmo senhores e senhoras de iniciativa de entidades sérias independentes que estão incentivando os indígenas a produzir sua própria memória, através da produção de filmes, uma situação que não é percebida pelos poderes constituídos.
Estar conosco, porque temos projeto sério, para desenvolver com as nossas crianças, adolescentes e adultos, em meio a tanta vulnerabilidade social, com metas de evoluir através do Cinema, que traz a memória regional como norte e fomentador dessas ações. Criar e fomentar um pólo de produção, sem factoides, e sim com ações concretas.
Fazer graça ao redor da cidade exibindo filmes e dando volta ao mundo usando o nome de Rondônia como promotores da cultura, com o financiamento de banco público, chega a ficarmos perplexos como o boto do Rio Madeira e a facilidade de trânsito na Presidência da República autorizar tanta façanha, perde os projetos rondonienses que somos lesados por alguns espertalhões que se utilizam do poder de influência que ainda impera nesse País desigual.
Mais a nossa luta continua. Nada é em vão, pois se com muitos apoios, transformamos o nosso Festival de Cinema, em um exemplo para projetos que tentam ainda sobreviver sem recursos. O nosso muito obrigado aos que nos deram um NÃO, pois o NÃO nós sempre já sabemos que poderia acontecer e conseguimos transformar em muitos SIM.
Mas acreditem, temos potenciais e muitas barreiras pela frente, na minha opinião cada edição é um desafio, desafio da burocracia que emperra entidades nos gabinetes públicos e uma legislação que tratam os projetos culturais como construtores e empreiteiros.
Temos esperança, não queremos recursos na porta de forma fácil, queremos mais cultura de forma ordenada e que atendam nossa realidade e demanda na região, sintetizou Carlos Levy organizador e fundador do Festival de Cinema Curta Amazônia hoje denominado Curta Amazônia Mundi - o Festival de Cinema de Porto Velho, com muito orgulho de ter nascido em PVH e lutar permanentemente por melhorias em nossa terra.
A nossa satisfação é você ver nossos produtores rondonienses subirem no palco, sendo os verdadeiros Atores e não coadjuvantes de falsos glamoures impostos pelo poder econômico de projetos que somente sugam recursos de outras esferas usando o nome de Rondônia.
É muito chato entrar nessa linha de ação, mais a crítica tem que ser feita, para podermos dormir em berços esplêndidos como nossos pioneiros sempre almejaram ao futuro desse Estado. Participar e construir, verdadeiramente políticas públicas com financiamentos claros e objetivos para os rondonienses, e não ficarmos somente no discurso.
A organização do sexto Festival de Cinema Curta Amazônia Mundi agradece aos diretores e realizadores de filmes que mandaram seus trabalhos para mais essa edição, feita com muito carinho e dedicação, por valentes guerreiros, do mais simples operador técnico do Teatro Guaporé, do motorista e o auxiliar que conduziram nossos estudantes às sessões de filmes, o nosso reconhecimento e gratidão do dever cumprido.
Aos expositores do Exército em explicar aos estudantes a tecnologia de ponta que temos na Comunicação do País. A artista plástica Lú Silva pela dedicação de expor seus quadros no espaço cultural no Teatro Guaporé. Ao Pedro Furtado que forneceu nossos troféus. Ao Ifro-Calama que nos cedeu suas dependências para mostrar aos adolescentes a importância do Cinema como ferramenta educacional. Parabenizar à todos os parceiros e colaboradores que acreditam que é possível se fazer cultura nas terras que leva o nome de Rondon.
Agradecer aos diretores e alunos das escolas públicas e privadas que estão nessa luta plena na formação de platéia do Cinema Brasileiro, que traz reflexão e conhecimento e informações através dos filmes.
No início da entrega das premiações, Nei do grupo Manoa deu seu recado cantando um hip-hop bacana para galera presente na noite de Premiações do 6º Curta Amazônia Mundi no Teatro Guaporé.
Vamos aos vencedores dessa edição 2015.
NA SELETIVA NACIONAL, O MELHOR FILME E O MELHOR MÉDIA METRAGEM DO FESTIVAL, O VENCEDOR FOI:"PSIU",de Antônio Carrilho, co-direção Juliana Lima, Recife – PE. Roteiro Antonio Carrilho, Juliana Lima, Paulo de Andrade, montagem Daniel Bandeira, produtores Antonio Carrilho, Juliana Lima, trilha musical Zé Dantas, fotografia Pedro Urano. Sinopse: Cinebiografia do compositor Zé Dantas. Autor de letras como Sabiá, O Xote das Meninas, Riacho do Navio, Vozes da Seca entre outras. Zé Dantas, junto com seu amigo e parceiro Luiz Gonzaga deu vida e emoção a dezenas de canções que marcaram a história da música brasileira.
- Melhor Direção: Christian Jafas, do filme "Cine Paissandu: histórias de uma geração", Christian Jafas, Rio de Janeiro – RJ.Roteiro Christian Jafas, montagem Giovanna Giovanini, produtor executivo Eduardo Calvet, trilha musical Rodrigo Boechker, fotografia Bernardo Richter.
- Melhor Ator (ficção): Marcio Del Picha, do filme "A vida que passa", Márcio Del Pichha, Fortaleza – CE.
- Melhor Atriz (ficção) duas vencedoras: 1) Araci Esteves do filme "Gotas de Fumaça", de Ane Siderman, Porto Alegre – RS.
- Melhor Atriz (ficção): 2) Zezita Matos, no filme "Olhos de Botão", de Marlom Meirelles - Bezerros - PE.
- Melhor Roteiro: Marlom Meirelles do filme "Olhos de botão", de Marlom Meirelles, Bezerros – PE.
- Melhor Fotografia: Luiz Adriano Daminello fotógrafo do filme "O time de Croa", Jorane Castro, Belém - PA.
- Melhor Trilha musical: "Música da favela", Sabrina Maróstica, São Paulo – SP.
- Melhor Montagem: Eudaldo Monção Jr, montador do filme "O muro é o meio", Eudaldo Monção Jr, Salvador – BA.
PREMIAÇÃO DE ANIMAÇÃO – CURTA METRAGEM
- Melhor diretor de Animação: Paulo d'Alva, do filme "Carrotrope", Avanca – Portugal.
- Melhor roteiro de Animação: Cecilia da Fonte e André Muhle do filme "Salu e o Cavalo Marinho", Recife – PE.
- Melhor trilha sonora de Animação: Marcos Dallarmi e Rodrigo Veiga do filme "Abraço de urso", de Almir Correia, Curitiba - PR.
- Melhor montagem de Animação: Thiago Gaspar do filme "Um orelhão para as crianças falarem com Deus", de Almir Correia, Curitiba - PR.
- Melhor direção de arte: Marcelo Tannure do fime "O semeador de planetas", de Marcelo Tannure, Nova Lima - MG.
Premiações Especiais:
- Prêmio Especial do Júri: "Apocalipstick", de Carol Quintanilha, São Paulo - SP.
- Menção Honrosa: “Malmequer”, Simone Norberto, Porto Velho – RO.
- Menção Honrosa: "A missão do Divino", Hágner Malon e Irmandade do Senhor Divino Espírito Santo, Porto Velho – RO.
- Júri Popular: "No escuro", Pedro Murad, Rio de Janeiro - RJ.
Nessa sexta edição tivemos muitos apoiadores ao projeto Curta Amazônia Mundi, da Federação do Comércio de Rondônia/Fecomércio/Sesc, a Secel/Funpar, Setur/Governo de Rondônia, Fundação Cultural e Semad de Porto Velho, 17ª Brigada de Infantaria de Selva, Eletronorte/Eletrobrás, Iphan Rondônia, Cinemateca Brasileira, Museu do Índio, o apoio cultural do Tupi refrigerantes, ABD Rondônia, Fórum dos Festivais, Imprensa Rondoniense, o museólogo Ocampo Fernandes, Centro Norte, Júnior Sun, Gráfica Imediata, Sítio do Chicão, Delícias D’aki, IFRO-Calama, Dade-Semed, com a realização privada e independente da Associação Curta Amazônia, voluntários e colaboradores.
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