Quarta-feira, 18 de janeiro de 2012 - 07h21
Estiveram reunidos ontem, terça-feira, 17, na sala Guaporé do Teatro Banzeiros, artesãos de biojóias, tecelagem, tricô, crochê, madeiras, pinturas, arranjo de flores, sementes e biscuit, representantes de associações de catadores e cooperativas e da secretaria municipal de Desenvolvimento Socioeconômico e Turismo (Semdestur) para debater sobre a Economia Solidária, uma inovadora alternativa de geração de trabalho e renda através de uma proposta diferente de produzir, vender, comprar e trocar o que é preciso para viver, sem destruir o ambiente.
Segundo Fábio Macedo, diretor do Departamento de Desenvolvimento Socioeconômico, a Lei 1628 de 27 de outubro de 2005, deixa algumas situações em aberto e desta reunião sairão propostas para a melhoria das condições de trabalho dos que participam da Economia Solidária. “Vamos apresentar propostas para uma atuação coletiva e para que a Lei fique mais clara. Ela está aberta, quando os artesãos e catadores começaram a atuar, houve problemas quanto a utilização dos espaços públicos e equipamentos maquinários, além da produção e comercialização coletiva. Convidamos também para esta reunião a Coordenadoria de Postura e também a Procuradoria Geral do Município”, explica Fábio.
Andréa Mendes do Fórum Nacional de Economia Solidária, fala que a participação no evento é para acrescentar experiências obtidas em regulamentação de Leis de outros estados. “Porto Velho já trabalha com Economia Solidária há seis anos, e a prefeitura de Porto Velho vem realizando atividades que melhoram as condições de trabalho de todos. Então esta articulação que fazemos é no intuito garantir a real contribuição desta lei. Estamos trabalhando a aprovação da Lei Nacional de Economia Solidária, cuja a de Porto Velho contribuiu para a elaboração Federal”, frisou.
Ricardo Luiz Menezes trabalha há 40 anos como artesão e acredita que agora terá mais espaço e auxilio para trabalhar. “Estamos buscando melhorias e acredito que teremos um auxílio maior depois desta regulamentação”, afirma. Para Geraldo Gonzaga de Lima, catador há oito anos, a Lei será um amparo. “Ela dará maior visibilidade, pois ajudará a reconhecer o trabalhador de economia solidária”, disse.
A coordenadora municipal de Políticas Públicas para Mulheres, Mara Regina Araújo, presente na reunião, conta que a parceria com a Semdestur vem desde a primeira cooperativa só de mulheres do município, a UniArte, e que graças a economia solidária mulheres tem renda garantida, através de exposição em praças e no Shopping Popular. “Nesta quinta-feira estaremos na comunidade de São Sebastião, do outro lado do Rio madeira, vendendo e mostrando o artesanato das mulheres”, comenta.
A ECOSOL é uma feira itinerante, atualmente, expõe seus produtos à venda nos dias de sexta e sábado na Estrada de Ferro Madeira Mamoré.
Fonte: Rebeca Barca
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