Terça-feira, 19 de novembro de 2024 - 12h07
"Boi
campeão, faz meu coração azul e branco sorrir”. A toada anuncia o grande
vencedor do Duelo na Fronteira 2024, que apresentou um show de cores e danças,
resgatando histórias regionais. O boi-Malhadinho se consagrou campeão com 835
pontos.
O Malhadinho
levou para o bumbódromo o enredo "Tekohá - este chão é nossa
essência". O boi contou a lenda da "Mulher-Árvore", que faz a
conexão entre a história de uma jovem e a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré. Para
representar a personagem, uma alegoria gigante foi exibida na arena.
O boi azul e
branco ainda destacou a importância da Festa do Divino Espírito Santo, uma
romaria católica aquática que percorre cidades de Rondônia e da Bolívia. Além
disso, celebrou a força das mulheres, com ênfase na lenda das índias guerreiras
da Amazônia, e homenageou a liderança de Tereza de Benguela, chefe do Quilombo
do Quariterê, no Vale do Guaporé.
Povos
originários dançaram em prol da preservação da floresta, enquanto pássaros gigantes
levaram a cunhã-poranga para a arena. O Malhadinho vence pelo segundo ano
consecutivo. O boi-bumbá Flor do Campo alcançou 827,5 pontos.
Festival
Folclórico
O Duelo na Fronteira
ocorre em Guajará-Mirim, também conhecida como Pérola do Mamoré, cidade
localizada na fronteira com a Bolívia. Criado em 1995, o evento se consolidou
como uma tradição,
resgatando e celebrando as heranças culturais indígenas e caboclas, com suas
cores, danças, rituais, alegorias e toadas.
Durante o
evento, centenas de pessoas se apresentam com os bois-bumbás, que competem no
bumbódromo. De um lado está o boi-bumbá Flor do Campo, caracterizado pelo trevo
de quatro folhas na testa e pelas cores vermelha e branca. Do outro, o
boi-bumbá Malhadinho, que tem como símbolo uma meia-lua na cabeça, além das
cores azul e branca.
O evento é
organizado pela Secretaria de Estado da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer
(Sejucel), em parceria com a Associação Waraji e a Prefeitura de Guajará-Mirim.
A festa também conta com o apoio da Assembleia Legislativa de Rondônia (Alero),
que destinou recursos financeiros por meio de emendas parlamentares.
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