Terça-feira, 29 de setembro de 2015 - 19h20
Nesta quinta-feira (1), a Beradera Companhia de Teatro apresenta os espetáculos “Lete” e “Saga Beradera” gratuitamente na Confraria das Artes. A programação especial é uma homenagem do grupo ao aniversário de 101 anos de Porto Velho, cidade que serviu de palco e inspiração para as produções da companhia.
As apresentações também marcam a despedida do diretor e dramaturgo Rodrigo Vrech, que retorna a sua cidade natal, o Rio de Janeiro, após dois anos e meio em Porto Velho.
“Cheguei no dia 23 de janeiro de 2013, um dia antes do aniversário de instalação do município de Porto velho e vou embora dia 03 de outubro de 2015, um dia após o aniversário do município. Porto Velho ficará para sempre em meu coração. Espero voltar em breve”, relata Rodrigo.
Esta é a primeira vez que as duas montagens serão apresentadas em um mesmo dia. “Lete” foi o espetáculo de estreia da companhia e conta a história de uma comunidade fictícia, livremente inspirada em Porto Velho e o distrito de Jacy-Paraná, que sofre grandes impactos com a construção de uma usina hidrelétrica. Além disso, a montagem também trata os diversos ciclos migratórios que marcaram a história da capital rondoniense.
Já “Saga Beradera” conta a história de Nazaré, distrito do Baixo Madeira que foi totalmente destruído pela cheia histórica de 2014, mas que se reconstruiu e mantém viva a sua cultura por meio das tradições ribeirinhas e festejos locais.
“Lete” será o primeiro espetáculo a ser apresentado, às 19h. Em seguida será a vez de “Saga Beradera”, às 20h30. A entrada é gratuita, podendo o espectador contribuir de forma livre. A Confraria das Artes fica localizada na Avenida Calama, 1706, no Bairro São João Bosco.
Vrech conta que os dois espetáculos são homenagens à cidade de Porto Velho, aos seus processos de formação e populações tradicionais. "Lete" aborda, de maneira ficcional e comprimida, os mais de 100 anos de Porto Velho culminando com a enchente, enquanto que "Saga Beradera" se atém à comunidade ribeirinha de Nazaré, ainda em uma história de ficção, para retratar o pós-enchente vivido pelas populações à beira de rio.
“Apresentar ambas as peças em homenagem ao aniversário da cidade é utilizar o símbolo da data para relembrar a história em construção. Esperamos contar outras histórias no futuro onde a valorização do ribeirinho, da cultura local e de seus artistas já não seja mais um sonho e sim a realidade cotidiana”, afirma.
Fonte: Folk Produções
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