Sexta-feira, 18 de agosto de 2017 - 19h21
Um dos maiores sucessos de bilheteria e de crítica do cinema brasileiro nos últimos tempos, Aquarius, do diretor pernambucano Kleber Mendonça, será exibido no dia 31 de agosto, às 19h30, no audicine do Sesc, numa parceria entre o Serviço Social do Comercio e o CineOca.
O Cine Sesc é um dos maiores projetos de difusão e circulação gratuita de produções cinematográficas nacional e internacional. O projeto licencia filmes que são escolhidos por meio de curadoria que procura democratizar obras dos mais variados gêneros e formatos, que muitas vezes não estão nos circuitos comerciais. Contudo, este projeto não consiste apenas na exibição, mas sobretudo no pensar e porque não, no fazer cinema. Promovido por meio parcerias com Cineclubes que estimulam além do olhar para o cinema, o refletir por meio de debates, que são realizados sempre depois de cada exibição.
O filme marca o retorno das atividades do Cine Sesc e do Cineclube no 2º semestre de 2017. No primeiro semestre, o CineOca produziu a Mostra Cinema e Direitos Humanos, evento que reuniu grande público para prestigiar e debater produções com temáticas que tratam dos direitos essenciais da pessoa humana.
A programação do Cine Sesc/CineOca 2017, totalmente gratuita, inclui ainda duas grandes produções, o colombiano “O Abraço da Serpente”, indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro e “Cinema Novo”, documentário de Eryc Rocha sobre o pai Glauber. Os filmes serão exibidos nos dias 28 de setembro e 26 de outubro, respectivamente. Sempre às 19h30, na última quinta-feira de cada mês.
O CineOca é uma instituição sem fins lucrativos que se dedica, desde 2005, à difusão do audiovisual de qualidade, produções locais, nacionais, de diferentes nacionalidades, temáticas e que geralmente integram um circuito alternativo de circulação. A ideia é dar visibilidade a curtas, médias e longas metragens que transmitam bons conteúdos e tragam uma reflexão sobre a condição humana e a sociedade. Para isso sempre contou com a parceria do Sesc, local onde o cineclube realizada as sessões.
Aquarius
31 e Agosto
Uma jornalista aposentada, interpretada por Sônia Braga, defende seu apartamento, onde viveu a vida toda, do assédio de uma construtora. O plano é demolir o edifício Aquarius e dar lugar a um grande empreendimento.
Aquarius teve sua primeira exibição mundial em 17 de maio de 2016 na 69° edição do Festival de Cannes, no qual concorreu à Palma de Ouro. Estreou nos cinemas brasileiros em 1.º de setembro do mesmo ano e possui distribuição confirmada para mais de sessenta países. Foi muito bem recebido pelos críticos, que elogiaram sua direção, roteiro e a atuação de todo o elenco — particularmente a de Braga, considerada por alguns como uma das melhores de sua carreira. O filme também teve amplo debate na mídia brasileira devido a um protesto feito por sua equipe no tapete vermelho de Cannes, no qual questionava o processo de impeachment da então presidente Dilma Rousseff.
A produção foi indicada a diversos prêmios internacionais, entre eles Independent Spirit Awards, César e Prêmio Platino. Além disso, foi incluída nas listas de melhores filmes do ano de diversas publicações estrangeiras como Sight & Sound, Cahiers du Cinéma e The New York Times; conquistando, inclusive, o 1º lugar no ranking feito pelos alunos da mais prestigiada universidade de cinema do Reino Unido, a National Film and Television School. Também foi um sucesso de público, atingindo meio milhão de espectadores entre Brasil e França
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O Abraço da Serpente
Dia 28 de setembro
O Abraço da Serpente acompanha a trajetória do índio chamado Karamatake, único sobrevivente da sua tribo e de seu envolvimento, num intervalo de quarenta anos, com um etnólogo e um etnobotânico que buscam uma planta medicinal muito rara. Para os brancos, capaz de curar muitas doenças; para Karamatake, uma planta sagrada cuja flor produziria um chá capaz de induzir à iluminação espiritual por meio de uma viagem da alma ao início da criação do mundo.
É uma viagem antropológica, etnográfica, sociológica, histórica, mística, geográfica e espiritual por uma parte da Amazônia, tendo como ponto de partida o relato dramatizado (e com algumas licenças poéticas para os eventos históricos relatados) de Theodor Koch-Grunberg e Richard Evans Schultes, cujas expedições na região contribuíram muitíssimo para o conhecimento sobre os povos indígenas do norte do Brasil e da Amazônia venezuelana.
Koch-Grunberg foi um etnologista e explorador alemão cujas principais obras serviram como base documental única sobre os nativos dos rios Xingu, Japurá, Negro e Orinoco.
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Cinema Novo
26 de outubro
O documentário “Cinema Novo”, de Eryk Rocha, sobre o movimento cinematográfico nascido no Brasil que revolucionou a criação artística nos anos 1960 e 1970, ganhou o “Olho de Ouro” do Festival de Cannes. "Cinema Novo é um filme-manifesto sobre a vigência de um movimento cinematográfico quase esquecido dos anos 1960", indicou o júri do prêmio, disputado pelos documentários apresentados em Cannes.
O filme brasileiro premiado, de 90 minutos, é um ensaio poético sobre o movimento cinematográfico, e inclui trechos de filmes da época e depoimentos de seus principais expoentes, como Nelson Pereira do Santos, Leon Hirszman, Joaquim Pedro de Andrade, Ruy Guerra, Walter Lima Jr., Paulo César Saraceni e Glauber Rocha, pai do realizador.
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