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Cineamazônia se despede de 2017 em noite de homenagem à produção local


 Cineamazônia se despede de 2017 em noite de homenagem à produção local - Gente de Opinião

Uma grande noite de celebração ao audiovisual rondoniense. Assim foi a despedida da15ª edição do Festival Cineamazônia, que chegou ao fim na noite deste sábado (21). Em cerimônia realizada no Sesc Esplanada, em Porto Velho, foram anunciados os vencedores do Troféu Mapinguari, ou seja, os melhores filmes da Mostra Competitiva de 2017.

Com auditório lotado, o público soube os vencedores da mostra competitiva. As produções de Porto Velho, "Que assim seja", de Erica Pascoal, e "Balanceia", de Juraci Júnior e Thiago Oliveira, mereceram destaque. O primeiro levou o troféu de melhor produção rondoniense. Já o segundo recebeu uma menção honrosa pela delicadeza da narrativa e por representar um novo ciclo da produção cinematográfica rondoniense.

“O balanceia é o primeiro filme como roteirista e diretor e esse é o caminho mesmo perceber o que está a nossa volta e trazer para o cinema”, disse Júnior. “A gente é contador de história, né? Quem sabe ano que vem contar uma história maior (risos). É o nosso sonho, aperfeiçoar cada vez mais”, afirma Oliveira.

“Não tem premio mais gratificante que esse. A ideia era produzir em Rondônia, com pessoas daqui e exibir por aqui também. Ganhar o prêmio de Melhor Produção Rondoniense, é muito significativo”, conta a diretora Érica Pascoal, que já faz planos de fazer novos filmes em Rondônia.

Antes, porém, muita emoção e atenções voltadas para o homenageado ao cineasta Beto Bertagna. Com direito a apresentação emocionada do músico rondoniense Bado, que discorreu sobre a importância de Bertagna promoção de artistas locais através de seu antigo projeto para a televisão, “Macaxeira Jazz Clube”.

Beto subiu ao palco com dificuldades para segurar as lágrimas. Com o troféu Mapinguari na mão, ele agradeceu a organização do festival. “Esse é um momento muito feliz para mim. Realmente se há algo que posso dizer é que sempre tentei foi resgatar e documentar as histórias de Porto Velho. Acredito que consegui fazer isso”, disse, antes de chamar o filme “Dana Merril–um fotógrafo no inferno verde”, documentário que retrata a vida do misterioso fotógrafo responsável pelo registro da construção da estrada de ferro Madeira-Mamoré.

Após a premiação foi a vez do show de Chico Batera e banda, com grandes sucessos do jazz e da bossa nova. O público cantou junto a música “Chega de saudade”, de João Gilberto. Ao fim, Batera agradeceu. “Tocar para um público que gosta de ouvir música é bom demais”, afirmou.

A 15ª edição do Cineamazônia tem o patrocínio do BNDES, Governo Federal, Ministério da Cultura, Secretaria do Audiovisual e da Lei Rouanet. Ainda tem o apoio cultural da Sejucel, Funcultural, Fecomércio e SESC Rondônia. O Cineamazônia é associado ao Fórum dos Festivais e membro do Green Film Network.

Veja a premiação completa:

PRÊMIOS

PREMIADO

COMISSÃO DO JÚRI (CONSIDERAÇÕES)

COMPETIÇÃO PARA LONGA METRAGEM

PRÊMIO PARA MELHOR LONGA METRAGEM DOCUMENTÁRIO - TROFÉU MAPINGUARI

“LOS OJOS DEL CAMINO”, DE RODRIGO OTERO HERAUD, DO PERU

POR SUA NARRATIVA QUE SURPREENDE PELA FORÇA SIMBÓLICA DAS IMAGENS, UNINDO A BUSCA DE REALIZAÇÃO E A PRESERVAÇÃO DO PLANETA COMO LAR DA HUMANIDADE.

COMPETIÇÃO PARA CURTA

PRÊMIO DANNA MERRIL: MELHOR DOCUMENTÁRIO

XAVANTE, MEMÓRIA, CULTURA E RESISTÊNCIA”, DE GILSON COSTA, DO MATO GROSSO

POR SUA NARRATIVA ENVOLVENTE, QUE NOS LEVA A CONHECER DE PERTO O COTIDIANO DE UM POVO.

PRÊMIO MAJOR REIS: MELHOR ANIMAÇÃO

“O BAGRE DE BOLAS”, DE LUIZ BOTOSSO E THIAGO VEIGA, DE GOIÁS

POR RECORRER AO HUMOR EM FORMA DE FÁBULA PARA MOSTRAR A DESTRUIÇÃO AMBIENTAL.

PRÊMIO VITOR HUGO: MELHOR FICÇÃO

“WALTER DO 402”, DE BRENO FERREIRA, DO MARANHÃO

POR RETRATAR O COTIDIANO URBANO COM HUMOR IRREVERENTE E DESCOMPROMISSADO.

PRÊMIO MANOEL RODRIGUES FERREIRA: MELHOR EXPERIMENTAL

“ÁNDALE!”, DE PETTERBAIESTORF, DE SANTA CATARINA

POR SUA COLAGEM DE IMAGENS DO CAOS CONTEMPORÂNEO. 

PRÊMIO CHICO MENDES: MELHOR ROTEIRO

ROTEIRISTA WILIAM BIAGIOLI, DO FILME “O ESTACIONAMENTO”, DO PARANÁ

POR PRENDER A ATENÇÃO COM UMA NARRATIVA ELETRIZANTE E ORIGINAL.

PRÊMIO POVOS INDÍGENAS DE RONDÔNIA: MELHOR TRILHA SONORA

XAVANTE, MEMÓRIA, CULTURA E RESISTÊNCIA”, DO MATO GROSSO

POR ENVOLVER O ESPECTADOR EM UMA ATMOSFERA NA QUAL AS SONORIDADES DA TRADIÇÃO SÃO REVELADAS SOB A PERSPECTIVA DO PRESENTE.

PRÊMIO SILVINO SANTOS: MELHOR FOTOGRAFIA

FOTOGRAFIA DERENATO OGATADO FILME “O ESTACIONAMENTO”, DO PARANÁ

POR SUA OUSADIA TÉCNICA EM EXPLORAR OS CONTRASTES DA LUZ E DA SOMBRA.

PRÊMIO CAPÔ (MAURICE CAPOVILLA): LINGUAGEM

BORÁ, DE ANGELODEFANTI DO RIO DE JANEIRO

AO UTILIZAR UMA MENSAGEM DAS REDES SOCIAIS COM INVENTIVIDADE E OUSADIA, QUE TRANSFORMA BOATOS EM NOTÍCIAS, O FILME FAZ UM RETRATO CONTUNDENTE DA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA.

PRÊMIO MELHOR MONTAGEM

MONTADOR JOÃO PAULO FERNANDES, DO FILME “XAVANTE: MEMÓRIA, CULTURA E RESISTÊNCIA”, DO MATO GROSSO.

POR UMA MONTAGEM QUE CONDUZ O ESPECTADOR A UMA VIAGEM DE DESCOBERTA PELA CULTURA DE UM POVO.

PRÊMIO MELHOR DIREÇÃO

DIRETOR WILLIAM BIAGIOLI, DO CURTA-METRAGEM “O ESTACIONAMENTO”, DO PARANÁ

POR SUA CAPACIDADE DE CONCILIAR RIGOR TÉCNICO, TENSÃO E SUSPENSE.

PRÊMIO MELHOR ATOR

ANTÔNIO PETRIN, INTÉRPRETE DE “WALTER DO 402”, DO MARANHÃO

PELA EXPRESSIVA E INTENSA INTERPRETAÇÃO, QUE ARREBATA A EMOÇÃO DO ESPECTADOR. 

PRÊMIO MELHOR ATRIZ

MARINA VIANNA, PROTAGONISTA DE “AO FINAL DA CONVERSA, ELES SE DESPEDEM COM UM ABRAÇO”, DO RIO DE JANEIRO.

POR SUA SINGELA INTERPRETAÇÃO.

PRÊMIO THIAGO DE MELLO: JÚRI POPULAR - TROFÉU ESPERANÇA

OPALA AZUL NEGÃO, DO DIRETOR RENNÉ BRASIL, DO ESTADO DE SÃO PAULO

COMPETIÇÃO DE VÍDEOS RONDONIENSES

PRÊMIO LÍDIO SOHN - MELHOR PRODUÇÃO RONDONIENSE

“QUE ASSIM SEJA”

POR CONSEGUIR EXPRESSAR NUMA LINGUAGEM CINEMATOGRÁFICA, AQUELES VALORES HUMANOS, QUE COLOCAM EM OPOSIÇÃO A CRENÇA E A FÉ DIANTE DA VIOLÊNCIA.

MENÇÃO HONROSA DO JÚRI

OS DOCUMENTÁRIOS(LONGA-METRAGEM) “DEDO NA FERIDA”, DE SILVIO TENDLER E “CONTAGEM REGRESSIVA”, DE LUIS CARLOS DE ALENCAR, AMBOS DO RIO DE JANEIRO.

POR RETRATAR DE MANEIRA CONTUNDENTE O AVANÇO VIOLENTO DO NEOLIBERALISMO DIANTE DA DEMOCRACIA, E POR SUAS NARRATIVAS COMPLEMENTARES SOBRE A COMPLEXIDADE DO JOGO DE FORÇAS ENTRE O PODER ECONÔMICO E OS DIREITOS HUMANOS.

MENÇÃO HONROSA DO CINEAMAZÔNIA

BALANCEIA

THIAGO OLIVEIRA E JURACI JÚNIOR. FICÇÃO DE RONDÔNIA

PELA DELICADEZA DA NARRATIVA E POR REPRESENTAR UM NOVO CICLO DA PRODUÇÃO CINEMATOGRÁFICA EM RONDÔNIA.

         

Fonte: Ascom  da 15ª edição do Festival Latino Americano de Cinema Ambiental – Cineamazônia
Texto: Lui Mendes. / Fotos: Beethoven Delano

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