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Clínica da São Lucas orienta sobre fisioterapia respiratória


A fisioterapia respiratória é uma das áreas de atuação da fisioterapia, lançando mão de técnicas e equipamentos para o tratamento das doenças do sistema respiratório. Mas o professor Juliano Colombo Mendes, especialista em fisioterapia hospitalar, lembra que o sistema respiratório não é formado apenas pelos pulmões, envolvendo as vias aéreas, nariz, faringe, laringe, traquéia, brônquios, bronquíolos e finalmente nos pulmões os alvéolos. Segundo ele, além dessas estruturas musculares e ósseas do tórax, como as vértebras da coluna torácica, as costelas, as clavículas e o osso esterno, e ainda os músculos como intercostais, o mais importante é o diafragma, que é o responsável por cerca de 60% da força necessária para promover a inspiração. “Não podemos esquecer dos nervos que estabelecem a comunicação entre essas estruturas e o sistema nervoso central, e dos vasos sangüíneos (artérias e veias), que levam e trazem o sangue que irá nutrir essas estruturas, e ainda serão oxigenados nos pulmões”, salientou.

Conforme Juliano Colombo Mendes, quase a totalidade das doenças que envolvem qualquer uma dessas estruturas é passível de tratamento por meio físico, sem o uso de medicamentos, porém sem descartar o uso desses de forma coadjuvante. O profissional responsável pela avaliação e tratamento com meios físicos é o fisioterapeuta, que avalia a função destas estruturas, e com exercícios, técnicas de terapia manual, ou aparelhos procura devolver a função normal. O fisioterapeuta pode atuar de forma preventiva, evitando a instalação de problemas com o funcionamento do sistema respiratório, ou de forma reabilitativa, que é quando a doença já se instalou. Neste momento então o fisioterapeuta ira desenvolver suas técnicas para reestabelecer o bom desempenho deste sistema, e pode ainda trabalhar de forma a evitar ou atenuar o efeito de doenças incuráveis, reduzindo o sofrimento do individuo.

De acordo com o especialista, são passíveis de tratamento com a fisioterapia, doenças respiratórias como Bronquite Crônica, Enfisema Pulmonar (DPOC), Asma, Bronquiolite, Fibrose Cística (Mucovicidose), Bronquiectasia, Pneumonias, Tuberculose, Doenças neuromusculares, que afetam os nervos e músculos do sistema respiratório, entre outras. Dentro da fisioterapia respiratória muitas doenças necessitam de tratamento especializado em hospitais. Desta forma o fisioterapeuta se insere dentro destas instituições para tratar estes enfermos, através de meios físicos, até mesmo dentro de Unidades de Tratamentos Intensivos (UTIs), onde a presença do fisioterapeuta constitui cada vez mais uma necessidade, atuando de forma intensiva, acelerando o processo de melhora da saúde deste paciente gravemente enfermo. Não se deve esquecer que o fisioterapeuta por excelência é o profissional que trata as doenças com exercícios. Contudo, devemos lembrar que a inatividade causa prejuízos à saúde humana, e que em casos extremos, como é o caso de internamentos hospitalares, ou restrição ao leito mesmo em casa, sendo imprescindível a atuação de um fisioterapeuta para evitar alguns efeitos deletérios que levam a manifestações clínicas tais como sistema músculo esquelético (osteoporose, fibrose ou anquilose, força muscular contrátil reduzida, resistência muscular reduzida, atrofias e contraturas), sistema digestivo (perda de apetite, constipação, desnutrição e conseqüentemente cicatrização retardada), sistema respiratório (capacidade vital reduzida, resistência respiratória reduzida, tosse prejudicada, aumento nas infecções respiratórias), sistema tegumentar (atrofia cutânea, úlceras de decúbito e sepses crônica), sistema cardiovascular (redução na capacidade de trabalho físico, aumento da freqüência cardíaca, tromboflebites (conseqüente trombose venosa profunda) e hipotensão ortostática), sistema renal (estase urinária, aumento das infecções urinárias e cálculos renais, conhecidas pedras no rim), sistema neuromuscular (sensibilidade reduzidos, controle motor reduzido (controle dos movimentos), má coordenação de movimentos e instabilidade autônoma), e ainda pode acarretar prejuízos psicossociais como ansiedade, depressão, alienação, deficiências intelectuais.

Segundo o especialista, é de competência exclusiva do fisioterapeuta (somente o fisioterapeuta pode fazer): avaliação física funcional, elaboração do diagnóstico e tratamento fisioterapêutico, dar alta nos serviços de fisioterapia, buscar todas as informações que julgar necessárias no tratamento do paciente, recorrendo a outros profissionais da equipe de saúde, através de solicitação de laudos técnicos especializados ou resultados dos exames complementares.

Fonte: Chagas Pereira - Registro Profissional 165 DRT/RO

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