Terça-feira, 9 de agosto de 2011 - 18h19
Nos dias 05, 06 e 07 de agosto o grupo de Rap regional 'Comunidade Manoa' participou da gravação do documentário "Cada Canto um Rap, Cada Rap um Canto", organizado e produzido pelo grupo de Rap de São Paulo, Inquérito. A idéia do documentário é retratar o Hip Hop no Brasil e as suas regionalidades.
"O Comunidade Manoa é um grupo de Rap, que tem um trabalho desenvolvido no conceito da "Indioribeiriferia", que seria a junção das culturas dos povos da floresta e das cidades amazônicas, traduzida nas linguagens artísticas do Hip Hop. O nosso grupo representa justamente a diferença procurada nesse documentário. O Comunidade Manoa é único representante da região norte a participar", relatou Elyezer Oliveira, integrante do Comunidade Manoa.
Renan, idealizador do projeto e integrante do grupo Inquérito, reforça que a escolha do grupo Comunidade Manoa, para participar do documentário foi feita através do trabalho desenvolvido pelo grupo. "Esse documentário tem o objetivo de mostra um ponto diferente do Rap, e a escolha do Comunidade Manoa se dá justamente por esse grupo ser o único no que faz, dentro do Hip Hop. Eles trazem a essência da Amazônia, retratando a vida ribeirinha e periférica de uma forma diferenciada, trazendo elementos da natureza para as batidas de suas músicas, como o som das águas, o canto dos pássaros, cantos indígenas, entre diversos outros conteúdos bastantes regionais", relatou Renan.
Possivelmente, até o final deste ano, o documentário "Cada Canto um Rap, Cada Rap um Canto" fique pronto. Para o lançamento está sendo planejado um show, que contará com todos os participantes do documentário como os grupos, GOG (Brasília), Nitro D (Porto Alegre), Zé Brown (Pernambuco), Rapadura (Ceará), DJ Raffa (Brasilia) e Comunidade Manoa (Porto Velho/RO), entre outros.
COMUNIDADE MANOA
O Grupo Comunidade Manoa é composto por Elyezer Oliveira e Nei Mura. O trabalho desenvolvido por eles, reflete na música os princípios que o Movimento Hip-Hop da Floresta - MHF defende em seu manifesto. Adicionando o conceito da Indioribeiriferia, que seria a junção das culturas dos povos da floresta e das cidades amazônicas, traduzida nas linguagens artísticas do Hip-Hop (Rap, DJ, Break e Graffiti). O ritmo do Rap do Comunidade Manoa será como do banzeiro - nem muito rápido e nem muito lento. O Manoa aposta na fusão rítmica, dando ênfase nos sons da Amazônia, sem perder o timbre do Rap mundial.
INTEGRANTES
Elyezer é natural de Manaus/AM, veio para Porto Velho-RO na década de 80 com três anos de idade. Filho de uma seringueira e bisneto de cangaceiro, desde, muito cedo aprendeu a sobreviver diante de todas as dificuldades que uma criança negra e pobre passa na Amazônia. Iniciou a sua participação no Hip Hop no ano de 1997, quando fazia parte de um grupo de dança de rua chamado Tigres Mc´s, na época o grupo só se preocupava em coreografias. A partir de 1998 começou a fazer musicas para o grupo, muito mais pela sua insistência do que pela vontade do grupo. No ano de 2000 saiu dos Tigres Mc´s e fundou o grupo Ação Popular junto com duas pessoas oriundas do grupo anterior. Portanto, nunca parou de produzir letras e afirmando cada vez mais o Rap como seu tronco lingüístico.
O segundo integrante é Nei Mura, nascido e criado no Bairro do Mocambo – bairro formado por Negros maranhenses, do qual, fundaram na referida localidade da cidade de Porto Velho o terreiro Santa Barbara. Sendo assim era de se esperar, que a poesia de Nei Mura seria toda inspirada no referido bairro. Nei faz questão de assumir sua descendência indígena, dai vem o nome artístico: Mura que é uma homenagem a esta etnia que dominava toda a calha do Rio Madeira. Nei é um grande militante da cultura Hip-Hop foi B’boy na década de noventa e atualmente vem se revelando como uma grande referência do Rap Amazônico.
PROJETO
O grupo está produzindo seu primeiro CD, intitulado ‘Ribeiriferia’. O CD contém 10 faixas e está previsto para ser lançado em outubro, está sendo produzido pelo Dj Raffa de Brasília/DF, e tem como apoio nos arranjos de percussão um dos nomes mais renomados da música regional o percursionista Bira Lourenço.
O projeto traz nas suas músicas a essência da floresta, os sons das matas, os cânticos tradicionais dos povos indígenas, em especial do Povo Paiter Surui e a realidade da vida urbana amazônica. Fruto de alguns anos de pesquisa teve apoio de grandes aliados como a Associação de Defesa Etnoambiental – Kanindé e a ACT-Brasil. “Esse estudo resultou em um produto focado principalmente na valorização da identidade Amazônica e sempre na perspectiva de contribuir na construção de um projeto popular, alternativo e voltado para uma sociedade com justiça, sustentabilidade e equidade social”, reforçou Elyezer.
Fonte: Quetila Ruiz
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