Terça-feira, 30 de julho de 2024 - 09h00
Ernesto
Melo, conhecido carinhosamente como "o poeta da cidade” de Porto Velho, é
o protagonista de um documentário que celebra sua vida e obra. Este compositor
popular, cuja música e poesia capturam a alma e a história de Porto Velho, no
documentário convida o público a uma viagem pelos bairros antigos da cidade,
onde canta suas canções e conversa com antigos moradores, poetas e
compositores, sobre a história da cidade de Porto Velho e seus bairros.
O projeto
“Mestre Ernesto Melo canta Porto Velho” foi contemplado e é subsidiado pelo
incentivo da Lei Paulo Gustavo. Érika Melo, a filha do poeta da cidade, assina
o roteiro e a produção do documentário em média metragem – 30min, que promete
ser um belo registro profissional em vídeo, da obra e da vida do
compositor consagrado como o poeta que, em seus versos, canta os locais, as
paisagens, os encantos, os amores, o cheiro, o perfume, as mulheres, as dádivas
e o “jeito” da cidade de Porto Velho.
Ernesto
Melo, Contador, funcionário público federal aposentado do Ministério do
Trabalho, Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Rondônia, nascido
na residência da família nos idos de agosto de 1.951, na Rua Gonçalves Dias,
163 – CENTRO, em Porto Velho, Rondônia, é sambista. E dos bons. Escreve, toca
violão, banjo e cavaquinho, tendo sido um compositor mais voltado para escrever
sobre Porto Velho, sua história e suas estórias, suas nuances e situações,
sobre nossos personagens folclóricos e artísticos; e sobre os bairros antigos
de Porto Velho, notadamente, o Mocambo.
“Sou
intérprete por necessidade, pelo dever de ofício de cantar nossa cidade, aos
jovens, para que o amor e o interesse por suas raízes não se diluam no tempo e
no espaço do resgate oral, haja vista carecermos, há tempos, de um Museu da
Imagem e do Som. Aos mais vividos, tento passar as reminiscências, sem o ranço
do saudosismo mórbido, do início de nossa história, que por si só, é tão
recente. Aos migrantes, tento oferecer um pouco da história oral desse povo
acolhedor e da terra que passou a também ser sua”, declara Ernesto Melo.
Conforme
o roteiro de Érika Melo, o documentário registra o poeta da cidade visitando
bairros antigos da cidade e lá encontra com amigos e aí rola uma conversa sobre
a história do bairro e canta-se a canção autoral do poeta sobre aquele
bairro. Por isso já se avalia que a trilha sonora do documentário será
simplesmente de primeiríssima qualidade.
Numa das
cenas do documentário mostra Ernesto e o Mestre Bainha - o maior
baluarte do samba de todos os tempos do estado de Rondônia -, no bairro
Mocambo, sentados em uma mesa, na Praça São José. Cantam juntos a música
“Amanhecer no Mocambo”. Em seguida, relembram histórias marcantes do bairro
centenário, onde parte da boemia de Porto Velho se reunia nos bares, cabarés e
festas.
Em outra
cena do documentário, Ernesto Melo andando pelo bairro Arigolândia, encontra-se
com Gervásio, morador antigo do bairro e uma lenda viva do futebol
porto-velhense. Juntos cantam a canção “Arigolândia uma história”, e
depois conversam sobre as pessoas e lugares citados na música, a história e
momentos vividos na região do bairro Arigolândia. A música “Arigolândia uma
história” está registrada no último trabalho do compositor “Mestre Ernesto
Melo, O Poeta da Cidade Vol. II”, e tem uma letra primorosa, destacando o belo
verso “Arigolândia se esconde, naquela curva do rio”.
No
documentário, Ernesto não apenas canta suas canções, mas também compartilha
histórias e memórias dos tempos passados. Cada melodia é entremeada com
conversas íntimas onde ele relembra a infância, os personagens icônicos e os
eventos que moldaram a identidade dos bairros históricos. Suas palavras e
melodias são uma homenagem aos lugares e pessoas que fizeram parte da evolução
cultural de Porto Velho.
Ernesto
Melo nos anos 2000 fundou o Grupo “A Fina Flor do Samba”. Em 2018, foi
reconhecido pelo Ministério da Cultura como Mestre da Cultura Popular Imaterial
e no ano de 2020 recebeu o Título de Imortal da Academia Rondoniense de Letras,
Ciências e Artes – ARL, ocupando a cadeira de n° 13 cujo Patrono é José Alves
da Silva, o saudoso Zezinho Maranhão.
O
documentário é mais do que uma biografia musical; é um registro afetivo da
memória coletiva de Porto Velho. Através dos olhos e da voz de Ernesto Melo, o
público é convidado a redescobrir e valorizar a rica herança cultural da
cidade. Em cada acorde e em cada verso, Ernesto demonstra seu amor profundo por
Porto Velho e seu compromisso em preservar suas histórias para as futuras
gerações.
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