Sexta-feira, 20 de dezembro de 2024 - 17h57
A Escola
Livre de Arte e Cultura Diversidade Amazônica, coordenada pela Associação
Cultural, Educação, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Diversidade
Amazônica (ACEMDA), proporcionou a formação teatral gratuita a 52 alunos,
incluindo crianças, adolescentes e jovens. Os beneficiados vieram de bairros
periféricos de Vilhena (RO) e da Comunidade Quilombola de Santa Cruz,
localizada em Pimenteiras do Oeste (RO), participando da oficina “Amazônia
Encenada: Personagens da Floresta".
A
iniciativa integra o projeto da Escola Livre de Arte e Cultura Diversidade
Amazônica, selecionada no Edital Escolas Livres de Formação em Arte e Cultura –
Programa Olhos d’Água, do Ministério da Cultura. Realizada entre setembro e
outubro de 2024, a oficina contou com 20 horas de atividades teóricas e
práticas que exploraram a arte da interpretação teatral e a rica cultura da
região amazônica.
A oficina
garantiu acessibilidade plena aos participantes ao incluir interpretação em
Libras nas atividades, permitindo que pessoas surdas ou com deficiência
auditiva pudessem participar de forma ativa e integrada. Essa abordagem
inclusiva reforça o compromisso do projeto com a democratização do acesso à
arte e à educação, valorizando a diversidade e promovendo a igualdade de
oportunidades entre os alunos.
Os
participantes também assistiram à palestra “Amazônia Viva: Conectando Corações
e Saberes - Compreendendo e Valorizando a Cultura Amazônica”. Divididos em duas
turmas – uma em Vilhena e outra na Comunidade Quilombola de Santa Cruz –, os
alunos receberam certificados ao final do curso, reconhecendo o aprendizado e
as habilidades desenvolvidas.
A oficina
foi conduzida pela arte-educadora Tábatta Iori, profissional com mestrado em
Artes Cênicas, formação técnica em Artes Circenses e bacharelado em Artes
Cênicas, com especialização em Interpretação Teatral. Com vasta experiência em
oficinas teatrais, Tábatta trouxe uma abordagem envolvente que conectou os
alunos à cultura local por meio da arte.
“Vocês
são os verdadeiros contadores de histórias. Tudo o que fazemos no palco reflete
o que vivemos, sonhamos e acreditamos”, disse Tábatta em uma das aulas,
enquanto incentivava os participantes a improvisarem cenas inspiradas em suas
experiências pessoais.
Para
muitos dos 52 alunos, a oficina de teatro não foi apenas um curso: era um
portal para novos mundos. Entre risadas, olhares atentos e movimentos de cena
ensaiados, emergia algo mais profundo — a descoberta de si mesmos e da rica
cultura amazônica que os rodeia.
Para
Milena Ferreira, adolescente de Vilhena, a oficina foi uma oportunidade única
de adquirir novos conhecimentos. “Eu nunca pensei que poderia estar em um
palco, e a oficina trouxe essa possibilidade de sonhar”, disse Milena, que,
assim como muitos outros alunos vindos de bairros periféricos de Vilhena,
encontrou na oficina uma forma de expressar emoções.
Victor de
Oliveira e Tailani Macedo Nery, jovens da Comunidade Quilombola de Santa Cruz,
também destacaram a importância e o impacto positivo da experiência. “Foi muito
gratificante participar”, afirmou Tailani. “Foi como abrir uma janela para o
mundo. Cada movimento, cada palavra, nos fez sentir conectados às nossas raízes
e ao futuro que podemos construir”, explicou Tailani, emocionada.
“A
Oficina de Teatro Amazônia Encenada: Personagens da Floresta proporcionou aos
jovens não apenas o contato com a arte teatral, mas também uma conexão profunda
com a cultura amazônica. Nosso compromisso é democratizar o acesso à arte e à
educação, fortalecendo as comunidades de Vilhena e da Comunidade Quilombola de
Santa Cruz”, destacou Andréia Machado, coordenadora da Escola Livre de Arte e
Cultura Diversidade Amazônica.
Sobre a
Escola Livre de Arte e Cultura Diversidade Amazônica
A Escola
Livre de Arte e Cultura Diversidade Amazônica integra a Rede Nacional de
Escolas Livres, iniciativa do Ministério da Cultura por meio da Secretaria de
Formação, Livro e Leitura (Sefli). Composta por 68 organizações da sociedade
civil, a rede promove diversas linguagens artísticas e culturais em todo o
país. A Escola Diversidade Amazônica continua oferecendo atividades que
beneficiam crianças, adolescentes e jovens, ampliando o acesso à educação
artística e cultural em regiões periféricas e comunidades tradicionais.
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