Sexta-feira, 11 de outubro de 2024 - 08h05
Em uma
iniciativa de grande importância para a preservação das tradições culturais
afro-brasileiras na Amazônia, a Escola Livre de Arte e Cultura Diversidade
Amazônica está promovendo a oficina de dança "Batuques e Raízes
Afro-Amazônicas", entre os meses de outubro e novembro de 2024. A oficina
será realizada em Vilhena e na Comunidade Quilombola de Santa Cruz, situada em
Pimenteiras do Oeste (RO), com 50 vagas disponíveis, divididas igualmente entre
os dois locais, e uma carga horária de 20 horas.
A oficina
integra o projeto da Escola Livre de Arte e Cultura Diversidade Amazônica,
selecionada pelo Edital Escolas Livres de Formação em Arte e Cultura - Programa
Olhos d’Água, do Ministério da Cultura. A proposta é oferecer uma formação
teórica e prática voltada ao reconhecimento das tradições afro-amazônicas, com
aulas sobre ritmos autênticos e movimentos expressivos que fazem parte da rica
herança cultural afro-brasileira.
O foco da
oficina é conscientizar os participantes sobre a relevância histórica e
cultural das tradições afro-amazônicas, com especial atenção para a comunidade
quilombola de Santa Cruz, que tem preservado e transmitido essas práticas ao
longo de gerações. Segundo os organizadores, a oficina busca criar um espaço de
diálogo entre crianças, adolescentes e jovens de bairros periféricos e
quilombolas, promovendo o fortalecimento da identidade afro-brasileira na
região.
"Queremos
que os alunos não apenas aprendam a dançar, mas compreendam o significado por
trás de cada movimento, mergulhando na história e nas tradições que essa dança
carrega", afirma Andréia Machado, produtora cultural e coordenadora do
projeto.
Além de
desenvolver habilidades técnicas em dança, a oficina visa aumentar a autoestima
e o orgulho cultural dos jovens participantes. “É fundamental que os alunos
reconheçam o valor de suas origens e se sintam empoderados ao celebrar sua
herança afro-amazônica. A troca cultural entre diferentes realidades só
enriquece esse aprendizado”, comenta Andréia Machado.
A oficina
é gratuita, oferecendo oportunidades para os participantes, sem que barreiras
financeiras impeçam sua participação. Os alunos também terão a chance de
apresentar suas novas habilidades em eventos culturais, compartilhando o que
aprenderam com a comunidade.
A oficina
será ministrada por Lucas Souza, graduado em Dança pela Universidade Federal do
Ceará (UFC), que possui vasta experiência na área e é reconhecido por seus
prêmios e contribuições para o cenário da dança. Sua expertise promete
enriquecer ainda mais o conteúdo da oficina, proporcionando uma formação de
qualidade aos participantes.
As
inscrições estão abertas, e os interessados podem obter mais informações ou se
inscrever por meio do telefone (69) 98119-1055. Ao final do curso, todos os
participantes receberão certificados, reconhecendo suas conquistas e
habilidades adquiridas.
Além da
oficina de dança, a Escola Diversidade Amazônica está oferecendo outras oficinas
voltadas para linguagens artísticas, como fotografia, grafite e produção de
vídeo documentário. Essas atividades acontecerão em escolas públicas e
associações, beneficiando ainda mais crianças, adolescentes e jovens, tanto em
Vilhena quanto na Comunidade Quilombola de Santa Cruz, ampliando o acesso à
educação artística e cultural.
A Escola
Livre de Arte e Cultura Diversidade Amazônica faz parte da Rede Nacional de
Escolas Livres, uma iniciativa do Ministério da Cultura por meio da Secretaria
de Formação, Livro e Leitura (Sefli), e integra 68 organizações da sociedade
civil, a rede promove diversas linguagens artísticas e culturais em todo o
Brasil.
Essa ação
reafirma o compromisso da Escola Diversidade Amazônica em fomentar a cultura e
promover a inclusão social, levando arte e educação a quem mais precisa.
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