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Espetáculo “Naurú, Poeta das Guerras”, estreia na próxima semana, em Porto Velho (RO)

Peça teatral leva ao palco do Palácio das Artes um manifesto poético e visceral pela Amazônia


Espetáculo “Naurú, Poeta das Guerras”, estreia na próxima semana, em Porto Velho (RO)  - Gente de Opinião

Inspirado na resistência dos povos originários e na luta pela preservação da Floresta Amazônica, o espetáculo "Naurú *** Poeta das Guerras" estreia na próxima quinta-feira (27 de março), às 20 horas, no Teatro Estadual Palácio das Artes, em Porto Velho (Rondônia).  A proposta é que a experiência teatral ultrapasse os limites da contemplação para convocar o público à reflexão e à ação.  

A entrada do evento é gratuita e os ingressos podem ser adquiridos pelo Instagram oficial @nauru_poetadasguerras ou pelo QR Code disponível nas publicações. A classificação etária do espetáculo é a partir dos 14 anos. A apresentação do dia 27/03 contará com tradução/interpretação em LIBRAS. O espetáculo também será apresentado no dia 03 de abril, nos mesmos local e horário. 

A montagem do espetáculo, realizada pelo Coletivo Xapiri Pë, foi contemplada pela Lei Paulo Gustavo, através da Fundação Cultural (FUNCULTURAL) da Prefeitura do Município de Porto Velho, por meio do Edital de chamamento público nº 003/2023/FUNCULTURAL, para iniciativas de projetos ou manutenção de espaços culturais. 

Um teatro-manifesto em defesa da Amazônia

Espetáculo “Naurú, Poeta das Guerras”, estreia na próxima semana, em Porto Velho (RO)  - Gente de Opinião

O espetáculo, que tem aproximadamente 1 hora e 20 minutos de duração, conta com dramaturgia e direção de Lau Santos. "Naurú *** Poeta das Guerras" utiliza uma estética contemporânea, marcada pela intertextualidade, onde a palavra é uma flecha e os corpos dos artistas da cena contam as suas histórias cheias de cicatrizes.

“O espetáculo aborda temáticas diretamente ligadas à defesa da Floresta Amazônica e de seus povos originários. A preocupação com bens naturais da Região Amazônica, bem como a violência instaurada por este processo de desmatamento servem como pano de fundo para nossas incursões dramatúrgicas”, define o encenador.  

Na encenação, a plateia não ocupa uma posição passiva: a experiência teatral é concebida como um encontro interativo, onde o público se torna coautor da narrativa. Como afirma o diretor, "não se pode assistir ou participar de 'Naurú' e sair impune às atrocidades que acontecem há décadas". O espetáculo desafia a indiferença, trazendo para o palco um grito de resistência diante da devastação ambiental e humana. 

A força da cena e da sonoridade  

Os atores Luís Gustavo Aldunate, Edmar Leite e Almício Fernandes dão vida aos personagens que habitam um espaço cênico imersivo, que dialoga diretamente com a realidade atual da Amazônia: de destruição. A cenografia, assinada pelo próprio diretor, se apropria do conceito de imersão, inspirada em artistas visuais como Hélio Oiticica com suas instalações, transformando o palco em um território simbólico onde o real e o ficcional se misturam. “O espaço é mais um ser ficcional, que conversa com todas presentes no acontecimento cênico”, detalha Lau Santos.  

Outro destaque é a paisagem sonora, assinada por Rafa Montie, que atua como um terceiro personagem na cena. O som não apenas ambienta, mas interfere no desenrolar da narrativa, criando um jogo entre o visível e o invisível, o material e o espiritual – assim como os espíritos da floresta, que seguem resistindo mesmo quando sua existência é ignorada.

“Toda ritmicidade e as vibrações sonoras postas em tempo real por Rafa, alimentam o imaginário dos/as espectadores/as e dos artistas da cena”, destaca Santos complementando que: “Mais do que um espetáculo teatral, ‘Naurú*** Poeta das Guerras’ é um chamado à consciência coletiva. Um convite para sentir nos poros e no coração a urgência da luta pela Amazônia e por aqueles que a defendem”.   

Ficha Técnica de “Nauru *** O Poeta das Guerras” 

Encenação e dramaturgia: Lau Santos  

Assistente de direção: Almício Fernandes  

Atores: Luís Gustavo Aldunate, Edmar Leite e Almício Fernandes  

Paisagem sonora: Rafa Montie  

Montagem: Luís Gustavo Aldunate  

Produção: Amanda Elage e Luís Gustavo Aldunate  

Comunicação: Dennis Weber  

Figurino: Téo Nascimento  

Equipe técnica: Thales Gomes, Matheus Duarte e Isabele Medeiros  

Arte: Riler Ferreira 

Intérpretes de Libras: Camile e Ozineide  

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