Segunda-feira, 27 de novembro de 2023 - 15h22
O clima
chuvoso desta sexta-feira (24) foi propício para o espetáculo multicultural
denominado “Essa é a nossa história”, uma iniciativa da Assembleia Legislativa
de Rondônia (Alero), em comemoração aos 40 anos da Constituição Estadual. Com
sons da natureza e cantos amazônicos, a apresentação teatral encantou o público
presente formado por servidores da Casa de Leis, estudantes do ensino médio,
universitários e convidados.
No enredo por
meio da arte, os artistas contaram a evolução do Território para Estado através
da saga migratória dos migrantes que se dispuseram a reconstruir suas vidas na
região amazônica. De forma extrovertida e com vocábulos regionalizados, os
atores envolveram a plateia trazendo à tona a origem de sustentação dos três
Poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário – a Carta Magna que regulamenta os
pesos e as medidas em um tom harmonioso.
Ator e diretor
artístico do espetáculo, Juraci Júnior, diz que sobre Rondônia tem muita coisa
para se contar, o desafio é compactar e fazer emocionar com capítulos
significativos. Em relação a troca de impressões com o público, ele afirma que
“acho que a grande sacada é ter esse contato direto, quando você joga uma cena,
uma intenção e a plateia capta, aquilo é um alimento para o ator”. Para ele, a
arte tem um papel fundamental porque ela chega onde o papel burocrático não
consegue acessar, ela consegue educar, sensibilizar e despertar outras emoções.
Atuando na
dramaturgia sonora, Bira Lourenço, entende que repercutir o som da natureza é
uma sensação maravilhosa por fazer as pessoas atentarem para essas sonoridades.
No tocante ao mecanismo do som tocar no íntimo do expectador, ele considera que
o som ativa as memórias. “Certos sons se remetem à situações, essas memórias,
elas nos emocionam, dependendo da situação que se vivenciou e o som tem essa
capacidade, em si, não a música convencional, mas o som também tem essa
capacidade de despertar essas memórias, essas vivências”.
Para a
diretora do espetáculo, Jória Lima, o processo de pensar a Assembleia como um
personagem de uma dramaturgia foi desafiador. "Porém, ao concluirmos
que uma instituição é constituída por pessoas que passam por ela, tornou-se
natural pensar em contar a história da cultura desse povo que a formou e para
quem ela foi criada. Assim, unir cultura e assembleia legislativa é falar
da cultura do nosso povo", pontuou a dramaturga.
Representando
a causa indígena, Darlene Karitiana, estava feliz por atuar em um evento de
alcance estadual na defesa dos povos tradicionais. ‘Foi muito importante esse
papel pra mim, para os não indígenas, para ele saber um pouco da gente, do
nosso ritual, das nossas músicas. Foi um papel muito importante pra mim”. Ao
comentar sobre as tradições de seu povo nesses 40 anos de história, ela entende
que houve incentivo e evolução, mas que as lutas nunca terminam. No que se
refere ao canto sagrado, significa para não criar conflito entre os não
indígenas e indígenas.
Servidora da
Casa de Leis, Jamille Batista, avalia que foi bonita a forma que os artistas contaram
a história de Rondônia ao dizer que a arte representa vários elementos que
geram perspectivas. Na condição de rondoniense, aprovou a abordagem de forma
poética. “Isso é muito importante porque a gente aproxima a sociedade civil aos
poderes, seja ele executivo ou legislativo, e essa aproximação dos poderes com
a sociedade, além de ter o educativo, ele quebra aquele paradigma que a gente
está separado, a gente começa a se aproximar, então acho muito importante
investir na arte porque a arte é isso, ela é conexão”.
Para a
estagiária da presidência da Alero, Maria Vitória, o espetáculo foi muito
emocionante pela forma que foi apresentado, com muitas características sobre o
estado e como a história aconteceu de um jeito divertido. “Eu ainda estou no
começo, mas eu aprendi muitas coisas, como o trabalho em grupo, em como a gente
tem que se esforçar para dar o melhor a quem precisa da gente, e eu acho uma
oportunidade incrível como estudante porque é uma coisa que eu vou levar para o
resto da minha vida”.
Eliude
Frutuoso, acadêmica de Educação Física da Universidade Federal de Rondônia
(Unir), avaliou como uma nota muito boa, o desempenho dos atores, em explicar
como iniciou e como funciona os três poderes de uma forma bem dinâmica. Em
referência ao evento, ela afirma que o conhecimento “levado para todas as
pessoas, do ensino acadêmico e do escolar também, é de extrema importância”.
Por fim, a estudante do ensino médio, Julia Viriato, impressionada com a
performance dos artistas, conclui que “é uma história que mostra todo o começo,
todo o início, toda a luta”.
Para o
presidente da Alero, deputado estadual Marcelo Cruz (Patriota), a peça teatral
expressa o sentimento dos pioneiros, que, décadas atrás, optaram por povoar o
estado de Rondônia. "Tenho certeza que cada um dos presentes se sentiu
representado em cada cena, relembrando as dificuldades enfrentadas por cada
família e pelas conquistas obtidas juntamente com a construção do nosso estado.
A apresentação foi marcante e muito especial, contemplando a história da nossa
gente e destacando aquelas pessoas que optaram por desbravar o nosso estado e
torná-lo uma terra próspera para as próximas gerações", destacou.
Mostra
cultural
A empresa Casa
do Rio Filmes foi a responsável pela Mostra cultural, apresentando peça
teatral, exposição de artes e show musical com a cantora Gabriê. Essa
valorização da cultura rondoniense faz parte das comemorações dos 40 anos da
Constituição Estadual, o evento foi iniciado na segunda-feira (20), no Plenário
Lúcia Tereza Rodrigues dos Santos, o tema da comemoração é “Somos parte dessa
história. Somos todos rondonienses”. Na abertura da semana festiva, o
presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Cruz (Patriota) evidenciou sua
felicidade por ser nascido em Porto Velho, portanto, como um bom rondoniense,
estava honrado por vivenciar esse momento na condição de presidente do
Parlamento Estadual.
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