Domingo, 3 de março de 2019 - 11h03
Porto Velho, RONDÔNIA - Ainda sem local adequado para se instalar e funcionar como em décadas atrás, a nova diretoria da Associação dos Ferroviários da Estrada de Ferro Madeira Mamoré (ASFEMAM) foi empossada, na manhã da quarta-feira 27. O evento teve lugar num ambiente seleto do Teatro Banzeiros.
Sem a presença de representantes do Ministério Público Estadual e Federal (MPE-MPF), instituições envolvidas diretamente no processo de revitalização da Ferrovia, prestigiaram o acontecimento o presidente da Funcultural, museólogo Antônio Ocampo Fernandes, enviados da Federação do Comércio e do IPHAN. Notou-se a ausência de agentes culturais e de defesa do patrimônio do Estado e da União.
Em seu discurso, depois de empossado à presidência da ASFEMAM, José Bispo de Morais em traje característico à função na frente de trabalho e na Administração da Ferrovia, defendeu a manutenção das linhas originais do Complexo Ferroviário, a recondução da ASFEMAM ao antigo prédio, bem como ‘antes de morrer a volta dos trens sob os trilhos até Guajará-Mirim’.
Na fala do Vice-Pesidente George Telles (O Carioca), o público foi informado sobre o porquê do processo histórico de reconstrução da Ferrovia em seu trajeto original não teria avançado por sucessivas gestões. Ele sublinhou a importância dada ao projeto de revitalizar ferrovias de todo o País, já agora, pelo presidente Jair Bolsonaro.
De soslaio, o presidente da Fundação Cultural do Município, museólogo e pesquisador Ocampo Fernandes, surpreendeu o público ao deixar uma marca histórica ao imaginário do quadro social da ASFEMAM. Além de esclarecer o episódio da quase ‘expulsão’ da entidade do antigo prédio, Ocampo fez sua ‘Mea Culpa’ ao confessar ser possuidor de um bem raro do acervo’. Ele garantiu, contudo, ‘irei devolvê-lo para o bem do patrimônio e da cultura ferroviária’.
Com nomes e parte das funções renovadas, a nova Diretoria Executiva da Associação dos Ferroviários, segundo as metas anunciadas previstas para o próximo biênio, ‘já na semana que vem enviará um diretor a Brasília para tratar sobre o Plano Nacional de Revitalização de Ferrovias’.
Por sua conta e risco, Ocampo Fernandes reiterou que a existência de R$ 30 milhões saídos das compensações oriundos do compromisso do Consórcio Santo Antônio Energia (CSA-E) para com investimentos na Ferrovia. Porém, declinou de informar valores, na contrapartida, pelo Município durante os próximos 50 anos.
Com história materializada por longos 70 anos, fruto do amor e abnegação dedicados à luta pela conservação e preservação do Complexo Ferroviário e instalações sob os trilhos de Porto Velho e da Vila do Abunã à Guajará-Mirim, José Bispo, 86 anos, ao empossar os novos dirigentes da entidade, foi confortado pelo presidente da Funcultural sob a promessa de o ‘prefeito vai botar o trem pra andar’, completou Ocampo Fernandes.
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