Quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022 - 15h31
Acontece entre os dias 8 de fevereiro e 27 de março a 5ª edição do Festival
Fotografia em Tempo e Afeto, em Porto Velho, Rondônia, com exposição
coletiva pelas ruas, oficinas gratuitas e programação virtual gratuita.
Confira!
Desde o dia 8 de março, está aberta oficialmente a 5ª edição do “Festival Fotografia
em Tempo e Afeto” e a convocatória da “Mostra a Céu Aberto da
Cultura da Visualidade”, que será instalada pelas ruas de Porto Velho no
dia 1º de março, reunindo trabalhos enviados por fotógrafos(as) da região, mas
também de todas as partes do Brasil e do mundo.
Nos dias seguintes à abertura, haverá visita guiada online, em 2/3, e também
lançamentos da exposição e de vídeo-conceito mostrando o processo da exposição.
Toda a exposição resultará em um catálogo, que será lançado em 27 de março e
ficará disponível gratuitamente no site do festival (acesse aqui).
O evento irá oferecer ainda capacitações e bate-papos
transmitidos online pelo Instagram da Casa Ninja Amazônia e Ninja Foto que refletem tanto
sobre fotografia quanto meio ambiente de forma artística e poética. Nos dias
21, 22 e 23/2 acontece a Oficina "Gestão de Acervo, Edição e Revelação”
com Uiler Costa Santos. (Confira toda a programação e detalhes para a
inscrição abaixo)
Meu Meio é o Meio Ambiente
Um dos grandes objetivos do festival é elucidar a fotografia como uma ferramenta de poder, tanto na economia quanto na política. Em 2022, o Festival busca exercitar formas de se pensar o “meio ambiente” para além da ideia de Amazônia, tomando a imagem como escuta, destoando das formas tradicionais de se comunicar a fotografia, as questões sociais, políticas e ambientais.
Para a fotógrafa, idealizadora e organizadora do evento, Marcela Bonfim, a fotografia também é uma forma de discutir as questões amazônicas evidenciando as reivindicações dos povos da própria região.
“Temos a consciência dos males que os estigmas e regimes de invisibilidade significam em nossa região, quando percebemos homens e mulheres desaparecendo em meio ao meio ambiente, como é o caso dos povos indígenas, populações negras e quilombolas. Por isso, a fotografia é também uma forma potente de discutir as questões políticas da região amazônica, principalmente destacando a forma de refletir de quem é de dentro da região e questionando as reflexões externas”, explica Bonfim.
“Praticar o exercício comunitário da composição, prezando pelo sentido do acesso e da inclusão, tem sido a aposta e também a certeza do Festival. Queremos expandir a consciência visual e desmistificar os códigos que interferem em nossa visualidade, como também das diversas e múltiplas Amazônias, que se constituem apenas por habitar o seu meio”, aponta.
Programação
Na programação estão as oficinas dos fotógrafos João Roberto Ripper e Uiler Costa-Santos, e o Workshop, da fotógrafa Elza Lima, e bate-papos sobre o processo, com entradas ao vivo no Instagram da @mostraaceuaberto
Composição visual em camadas
Para mostrar as partes “de dentro” e “de fora” do Meio Ambiente, o festival irá trabalhar com o conceito de camadas, divididas por diferentes fotógrafos(as). Pensando nas 5 galerias; a primeira será composta pelos fotógrafos Pi Suruí e Eder Lauri; e atuando em linhas de composição; sendo a linha 1 e 2; respectivas à ordem das duplas;
Na 2ª galeria, contamos com a Paula Sampaio e Marcela Bonfim. Aline Motta e Lia Krucken estarão na composição da 3ª galeria. Rogério Assis e Washington da Selva integram a 4ª galeria e Rodrigo Masina Pinheiro, Gal Cipreste Marinelli e Ana Lira formam a galeria nº 5.
Já a segunda camada do festival contará com uma convocação pública, na qual os olhares dos compositores se misturam a outras perspectivas de meio ambiente que chegarão; sendo gratuita e aberta a todo o público interessado por fotografia. Para a convocatória será utilizada a plataforma Frontfiles. Cada participante deve enviar uma imagem-reflexão que reflita sua perspectiva.
A 3ª camada será composta pelas intervenções de artistas convidados com suas performances, nos diversos suportes, imprimindo sentidos do “BerimbauOssauro” de Dom Lauro; das imagens interiores da vivência indígena de Márcia Mura, da espacialidade de “Coroas” do fotógrafo Uiler Costa-Santos, e dos varais da série “D'Água e Lama”, da fotógrafa Michele Saraiva, aos sentidos visuais construídos com a cidade.
A 4ª camada será a própria montagem e documentação das galerias, onde a ideia é captar as camadas que se formarão com o próprio meio ambiente e cotidiano da cidade, absorvida pelos fotógrafos e vídeo-maker, Saulo de Sousa, e Christyann Ritse, ambos artistas da região, que integrarão seus olhares às camadas sensoriais que surgirão.
A 5ª camada e as que seguem o fluxo visual serão compostas por cinco convidados que a partir da suas formas farão comentários sobre o processo visual dessas tantas camadas que iremos percorrer; como espectadores abrangendo, sobretudo, o lado de dentro de quem está exercitando “esse processo que é vital”, afirma Marcela.
Para participar
Para quem quer contribuir na composição de 05 galerias, instaladas nas ruas de Porto Velho, em suporte Lambe-Lambe, ampliando a programação com a exibição destas galerias convertidas para a versão de mostra online, vídeo-experimental, texto composto, e catálogo, disponíveis na plataforma do Festival, é possível se inscrever por meio da plataforma Frontfiles
Sobre o Festival
O Festival Fotografia em Tempo e Afeto acontece desde 2017 ocupando as ruas de Porto Velho (RO) e de comunidades próximas, o festival traz uma série de composições visuais que têm como objetivo mostrar as relações da visualidade com o tempo, espaço e política local.
Sobre a idealizadora
Economista, Marcela Bonfim, era outra até os 27 anos. Na capital paulista, acreditava no discurso da meritocracia. Já em Rondônia; adquiriu uma câmera fotográfica e no lugar das ideias deu espaço a imagens e contextos de uma Amazônia afastada das mentes de fora; mas latentes às vias de dentro. As lentes foram além; captando da diversidade e das inúmeras presenças negras; potências e sentidos antes desconhecidos a seu próprio corpo recém-enegrecido. Em seu trabalho ela aborda a questão: quanto tempo demora, o negro, para se firmar nesse mundo (in)visível? Para saber mais sobre o trabalho de Marcela Bonfim: www.amazonianegra.com.br e www.madeiradedentro.com
PROGRAMAÇÃO
>> 08/02 | Abertura do Festival e da Convocatória
>> 13/02 | Workshop com ELZA LIMA: Workshop "Habitar Água, Enquanto A Terra Arde", fechado, para até 50 pessoas
>> 15, 16, 17, 18 e 21/02 | JOÃO ROBERTO RIPPER: Oficina "Bem Querer" das 19h às 21h, para até 25 pessoas
>> 21, 22, 23 e 25/2 | UILER COSTA-SANTOS: Oficina "Gestão de Acervo, Edição e Revelação com
ADOBE e LIGHTROOM" das 9h às 12h VAGAS DESTINADAS PRIORITARIAMENTE À PESSOAS PRETAS, LGBTQ+ de qualquer lugar, e para residentes no estado de Rondônia, 20 vagas; ACREDITAMOS que por se tratar de uma ferramenta técnica, é importante disponibilizar aos CORPOS-LUGARES que menos têm acesso a este tipo RECURSO.
>> 01/03 | Montagem das galerias nas ruas de Porto Velho, com breves entradas ao vivo pelo Instagram da mostra para acompanhamento das montagens
>> 02/03 I Visita guiada online
>> 08/03 | Lançamento da Exposição Online
>> 17/03 | Lançamento do Vídeo-Conceito
>> 27/03 I Lançamento do Catálogo online
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