Quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020 - 10h04
O presidente da Liga dos Blocos Carnavalescos de Porto Velho Mavignier Ferro falou na manhã desta quarta-feira sobre a intenção de alguns ativistas culturais de ´demonizar´ a atuação das agremiações que realizam carnaval de trio elétrico nos circuitos culturais da cidade como forma de descredibilizar um trabalho sério que vem sendo construído há vários anos.
O dirigente da Liga dos Blocos defende que a venda de abadás, o open bar e a diversidade musical para atrair os foliões é questão de sobrevivência e hoje é uma questão de sobrevivência. “Se hoje existe abadá e o carnaval está caro é graças à legislação do município, que impôs taxas estratosféricas e uma infinidade de obrigações que, comprometem a sobrevivência das agremiações”, defendeu Nier.
A Liga dos Blocos vem se organizando ao longo dos anos, se estruturando e não vai aceitar que o trabalho da entidade e das agremiações seja desmerecido. “Para chegar aonde chegamos demorou muito. Tivemos que aprender, tivemos prejuízos, mas hoje somos uma realidade, queiram ou não”, ressaltou.
Caso os blocos de trios elétricos não tivessem se reinventado, hoje estariam relegados ao esquecimento, como já aconteceu com instituições importantes do cenário carnavalesco da capital. “Tivemos grandes blocos na Pinheiro Machado como o Galo da Meia Noite, o Rio Kaiary, o Alho. Infelizmente não aguentaram a imposição da legislação e acabaram. Se não tivéssemos agido assim, hoje teríamos o mesmo destino”, comentou.
O certo é que os blocos de trios elétricos não vêm mais com o pires nas mãos para implorar dinheiro ao setor público e disparou. “Muita gente ficou mal acostumada a se dar bem com dinheiro público para fazer folia e esse não é nosso caso. A Prefeitura ajuda os blocos com estrutura, mas toda a logística, impostos e outras obrigações somos nós que bancamos. Quem nos critica deveria aprender com a nova geração como se faz carnaval”, finalizou.
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