Terça-feira, 15 de setembro de 2009 - 05h17
Amanda Cieglinski
Agência Brasil
Em 2007, 42% dos analfabetos do país diziam já ter frequentado a escola em algum momento da vida. Em 2006 e 2005, essa parcela era de 40% e e de 38%, respectivamente.
Os dados do Observatório da Equidade – que faz parte do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) – foram apresentados pela especialista em educação de jovens e adultos da Universidade de São Paulos (USP) Maria Clara Di Pierro, durante seminário sobre os dois anos do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE).
Na avaliação da professora, isso significa que a escola está produzindo “sistematicamente” novos analfabetos ou pessoas com sérias limitações. Ela acredita que o Brasil Alfabetizado, principal programa do governo federal para combater o problema, não é suficiente. “Esse problema não pode ser equacionado por ações emergenciais pontuais”, disse.
Para o secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação, André Lázaro, o MEC já tem um excelente mecanismo para trabalhar a questão do analfabetismo escolar: a Prova Brasil, que mostra o desempenho dos alunos na 4ª e na 8ª séries. "Nós já sabemos disso e estamos cuidando”, disse.
Ele acrescentou que, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2007, 50 mil jovens de um total de 3 milhões chegaram analfabetos à idade de 15 anos. “É muito, mas proporcionalmente já melhorou”, afirmou.
Sobre a educação de jovens e adultos, o secretário informou que algumas demandas históricas foram recentemente resolvidas, entre elas a ampliação dos programas de Merenda Escolar edo Livro Didático para essas turmas. Ele destacou que só o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) destina R$ 5 bilhões a essa etapa da educação.
“Mas é preciso que os estados invistam esse dinheiro realmente na educação de jovens e adultos”, defendeu. Segundo Lázaro, 1,5 milhão de pessoas estão matriculadas hoje nas turmas de alfabetização do programa.
Maria Clara Di Pierro alertou para a falta de formação adequada de professores de alfabetização e o baixo valor das bolsas pagas a esses profissionais. “Não me conformo com uma bolsa de R$ 250, está aquém do piso nacional do magistério”, disse.
Durante seminário para avaliar avanços e desafios após dois anos do lançamento do PDE, representantes de entidades civis discutiram os principais problemas de acesso e inclusão de pessoas com deficiência na escola, além das especificidades da educação indígena, da baixa escolaridade do campo e a necessidade de políticas raciais afirmativas.
André Lázaro afirmou que o PDE “não está completo e não resolve o conjunto de contradições da qual se partiu, mas há avanços visíveis e estamos no caminho certo”.
O secretário defendeu maior participação da universidade na solução dos problemas e protagonismo das entidades da sociedade civil para pressionar governos em todas as esferas na implementação das medidas necessárias.
“Se a inteligência do Brasil não se comprometer com essa agenda, a gente não sai do lugar. A formação dos professores não trabalha as questões indígenas e do campo e há uma resistência das universidades. Parece que eles não gostam do país que somos”, disse Lázaro.
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