Segunda-feira, 1 de dezembro de 2014 - 19h11
No último final de semana (29 e 30) foi apresentada no Teatro Estadual Palácio das Artes a 24ª mostra de dança realizada pelo Serviço Social da Indústria (Sesi). O público prestigiou em peso o espetáculo que contou com a participação de 160 bailarinos, com idade entre 04 a 30 anos. Crianças e adultos que durante o ano deixaram o lazer de lado e entraram de cabeça nos ensaios. “Precisávamos de um espaço como este e graças ao governo hoje temos. O sonho de todo artista agora é se apresentar aqui”, disse a bailarina e coreografa Rita Nascimento que junto com Tácita Sá coordenam o corpo de balé do Sesi.
Cerca de 15 crianças coloriram o palco, além de encantar os pais. Um deles o médico José Martinez fez questão de chegar cedo e reservar o assento na primeira fileira para assistir a filha Valentina de quatro anos, uma das dezenas de Emilias. “Cheguei cedo para isso. Sou pai e estou fazendo o meu papel”, afirma.
Difícil era saber se o show acontecia no palco ou na platéia que lotou o Palácio das Artes. É que ambas as apresentações foram dignas, de aplausos, com os pais ‘maravilhados’ observando suas filhas em um equilíbrio perfeito na ponta do pé. “Nunca tinha assistido uma encenação em Porto Velho, então acho que a emoção é pelas duas coisas”, comentou Martinez.
Mas o publico aguardava o balé profissional que iria apresentar “O Lago dos Cisnes”, ato I, II,III e IV, formado a partir de contos russos, narrando a história de Odete, uma princesa transformada em um cisne pelo malvado feiticeiro. A peça originária foi encenada pela primeira vez com o Ballet Bolshoi, em 1877. Quando os bailarinos entraram em cena o espetáculo foi a parte. Como bailarino e professor de dança, Joni Falcão teve na noite vários desafios, como o único homem no corpo de balé coube a ele dar leveza e sincronia as parceiras bailarinas, além de deixar claro que na dança não tem lugar para machismo.
As cenas levaram ao grande público a leveza dos bailarinos que na ponta do pé deixaram passar despercebido no meio de tantos ‘Plié’, ‘Bras, bas’ que ali também estão os profissionais do dia a dia, como administradoras, mães, e advogadas, que tira da dança o relacionamento que precisam para a boa atuação nos seus trabalhos. “Somos bailarinos, dançarinos por amor e não profissionalmente, pois para isso teríamos que viver somente da dança, o que não acontece. Por tanto aproveitamos desse dom para acrescentar em nosso crescimento”, declara Mariana Pereira.
Porém dançar não seria tarefa fácil caso o local não fosse adequado, o que não acontece hoje. Para a advogada Mariana Pereira que integra o corpo de balé do Sesi ver o teatro Palácio das Artes finalmente entregue a população não deve-se visto com enfoque político e sim moral, “pois Porto Velho passou da hora de ter em seu calendário movimentos e atitudes culturais. E parabenizo o governador Confúcio Moura pelo respeito a nós, porto-velhenses”, declara.
Na ponta da sapatilha
A assessora jurídica Sâmia Souza não vive profissionalmente da dança, e conta que como em qualquer situação existem os momentos de altos e baixos, mas encara com bom humor a trajetória de 18 anos como dançarina. “Estar aqui hoje é realizar um sonho. Foram muitas horas de ensaios e dedicação. E mostrar ao público o que fizemos é muito gratificante”, declara a bailarina.
A dona de casa Elizete Barbosa veio prestigiar a filha, Elizabeth Barbosa de quatro anos que se apresentou no balé mirim, interpretando Emília, contando a saga do Sítio do Pica Pau Amarelo, do escritor Monteiro Lobato. “Emocionante”, afirma a mãe.
Balé também foi tema de mostra fotográfica no Palácio das Artes
No momento que o espetáculo acontecia no palco, o público também era convidado para prestigiar a Mostra Fotográfica “Ballet Arte”, desenvolvido pela fotógrafa Eliane Zuanazzi, que por meio de 15 quadros evidenciou o corpo de balé do Sesi. Um trabalho árduo que já vem acontecendo desde 2009, assim que chegou a Porto Velho vinda de Guajará-Mirim. “Meu amor pelo balé foi amor a primeira vista”, destaca.
Em 2015, Eliane Zuanazzi divulgará o projeto “Ballet Urbano” onde bailarinas e bailarinos se deixam retratar em pontos conhecidos de Porto Velho, como a profissional justifica: “é uma forma de levar um colorido especial deles para a cidade, e aos bailarinos uma maneira de se deixar amar pelas coisas que fizeram surgir o município”, complementa.
Enquanto os quadros faziam sucesso no salão principal, a fotógrafa corria de um canto ao outro na tentativa de não perder nenhum ângulo das apresentações do balé, pois coube a ela responsabilidade de captar as nuances desses dois dias.
Fonte
Texto: Emerson Barbosa
Fotos: Eliane Zuanazzi
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