Segunda-feira, 23 de julho de 2012 - 17h11
Iniciou nesta segunda-feira, 23, e encerra na próxima sexta, 27, as oficinas de teatro que estão sendo realizadas dentro da programação do “Festival Amazônia Encena na Rua”. O evento é realizado pelo O Imaginário em parceria com a prefeitura de Porto Velho, por meio da Fundação Cultural Iaripuna. As oficinas acontecem no horário de 09h às 12h, no complexo turístico da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré.
Cerca de 150 profissionais do teatro rondoniense participam das cinco oficinas que foram ofertadas ao público. As oficinas são: “Augusto Boal: Teoria e Prática do Teatro do Oprimido”, ministrada por Licko Turle, do Rio de Janeiro; “O Palhaço, a Cena e a Rua, que tem como instrutor Marcelo Militão, do Rio Grande do Sul; “Mímica para um Teatro Gestual” que tem como ministrante Orlando Moreno, de Roraima; Commedia dell’Arte, com Márcio Silveira, do Rio Grande do Sul; e “Composições para a Cena – Intercâmbio Rumos Teatro”, com Marcelo de Castro, de Minas Gerais.
“Estamos mais uma vez apoiando essa iniciativa do O Imaginário, O Festival Amazônia Encena na Rua, que já é um evento que se tornou uma tradição no estado. Essa já é a quinta edição. E essas oficinas são importantes para a capacitação artística dos participantes, sejam eles artistas ou não”, adiantou a vice-presidente da Fundação Iaripuna, Berenice Simão.
Oficinas
De acordo com a produtora cultural do O Imaginário, Zaine Diniz, a primeira oficina (Augusto Boal: Teoria e Prática do Teatro do Oprimido), tem o objetivo de contribuir para a capacitação e formação de artistas profissionais, arte-educadores, agentes culturais comunitários e professores de teatro, com base na linguagem do Teatro do Oprimido, método teatral desenvolvido pelo diretor brasileiro Augusto Boal. O programa inclui uma Introdução ao pensamento de Augusto Boal e às diferentes técnicas do gênero teatral: teatro de imagem, teatro invisível arco-íris do desejo, jogos e exercícios, fórum, teatro e formação de formadores.
O Palhaço, A Cena e a Rua, a segunda oficina, enfoca a arte do riso, em sua essência mais pura e simplificada. “Essa oficina visa proporcionar uma maneira peculiar de ver o mundo, na qual o riso se manifesta como comunhão, diminuindo a distância entre as pessoas”, explicou a produtora do O Imaginário. Mostrar a mímica como uma linguagem não verbal que expressa situações e sentimentos através do corpo, e um instrumento de comunicação com uma linguagem universal acessível a todas as pessoas de diferentes idades e culturas, é o que pretende a terceira oficina, Mímica para um Teatro Gestual”, disse.
Aos participantes são ensinadas técnicas da mímica, com o estímulo ao desenvolvimento artístico e a expressão de ideias, além de ativar a imaginação e proporcionar um melhor conhecimento do corpo e domínio do espaço. As aulas são divididas em sete partes: aquecimento, treino, técnicas da mímica, tensão e distensão, improvisação, apresentação e reflexão. “A Commedia dell’Arte é um dos momentos mais importantes do teatro de todos os tempos. Por ser um gênero capaz de atingir todas as categorias de público, seus ensinamentos constituem uma base fundamental para os atores”, adiantou Zaine Diniz.
O conteúdo da oficina compreende: introdução ao contexto histórico, preparação corporal para a Commedia dell'Arte, descrição e experimentação dos personagens clássicos, construção da meia máscara e esquemas da improvisação.Já Composições para a Cena – Intercâmbio Rumos Teatro, introduz a ideia de composição (artes plásticas) para o trabalho do ator, através do treinamento dos "Viewpoints", uma técnica de improvisação com origem na dança. Por meio de exercícios físicos, a oficina explora estes conceitos para permitir que um grupo de atores/bailarinos trabalhe intuitivamente na criação de eventos teatrais.
“É bom lembrar que, além dessas oficinas, o festival oferece também uma média de três espetáculos teatrais por noite até o próximo domingo, que são encenados no teatro de arena da estrada de ferro. E este, sem dúvida, é o melhor local para esse tipo de espetáculo”, afirmou Berenice Simão, da Fundação Iaripuna.
Fonte: Joel Elias
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