Quinta-feira, 19 de junho de 2014 - 14h40
“A comunidade vai ter a oportunidade de assistir peças regionais e nacionais sem precisar se deslocar a outros estados, sem contar o despertamento crítico da plateia e o envolvimento nas oficinas, atraindo principalmente os mais jovens”.
O mês de junho vai deixar registrado na história uma importante data para a cultura da capital rondoniense. Afinal 19 anos depois de iniciado o projeto para a construção do primeiro teatro estadual, finalmente ele será entregue à comunidade nesta sexta-feira, dia 20.
Foram praticamente seis mandatos, de 1995 a 2014. No livro sobre a história dos bairros da capital que está escrevendo, a professora Yêdda Borzacov situa o teatro no bairro Olaria, mas diz que ainda precisa confirmar com outras pesquisas, porque muitas informações são desencontradas. Pessoalmente, ela acompanha a saga do teatro desde 1995, quando era então secretária executiva da Fundação Cultural e Turística, cujo presidente era o ex-deputado estadual Amizael Silva. Borzacov lembra, que naquela ocasião houve muita preocupação por parte dos responsáveis pela parte arquitetônica do projeto, com relação à acústica e ela foi uma das que recomendou que os profissionais fossem ao Rio de Janeiro, no antigo Inacen, hoje IBAC (Institto Brasileiro de Artes Cênicas) a fim de buscar subsídios para a solução do problema. “Porto Velho vai deixar de ser a única capital brasileira sem teatro e isso é digno de aplausos”, disse a escritora. “A comunidade vai ter a oportunidade de assistir peças regionais e nacionais sem precisar se deslocar a outros estados, sem contar o despertamento crítico da plateia e o envolvimento nas oficinas, atraindo principalmente os mais jovens”.
Informada de que o teatro terá duas salas, uma com capacidade para 920 pessoas – o Palácio das Artes – e outra para 217 – o Teatro Guaporé, em 4.500 metros quadrados de área construída, Yêdda recomenda que os gestores do teatro busquem orientações junto ao pessoal do Serviço Social do Comércio (Sesc), porque entende que não será fácil a captação de recursos para manter a estrutura em funcionamento. Além disso, destaca, “que também será muito positivo um contato contínuo com os demais governantes do Norte, para que quando espetáculos nacionais forem contratados, possam estender suas apresentações para Rondônia, barateando custos”.
Feliz com a inauguração do teatro, Yêdda Borzacov salienta que o governador Confúcio Moura acertou ao nominar a obra Palácio das Artes de Rondônia, “os nomes que estavam sendo sugeridos, como o do jornalista Sérgio Valente ou do ator Jango, entre outros, eram muito bons, mas ficou melhor assim”. Experiente em lidar com a classe artística, Yêdda recomenda ao Governo a abertura de concurso para contratação de pessoal especializado para atuar na Fundação (Funpar), que vai administrar o teatro. “É uma área complexa e que exige profissionais devidamente habilitados”, justifica.
Fonte
Texto: Alice Thomaz
Fotos: Daiane Mendonça
Decom - Governo de Rondônia
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