Sexta-feira, 26 de abril de 2024 - 10h12
“Kika Não Foi Convidada”, um roteiro
inédito de Juraci Júnior, levou o prêmio de Melhor Projeto do 25º Laboratório
de Projetos de Curta-Metragem do Festival Curta Cinema – 33ª edição
O projeto “Kika Não Foi Convidada”, um
roteiro de ficção inédito de curta-metragem do cineasta porto-velhense Juraci
Júnior, foi vencedor da 25ª edição do Laboratório de Projetos de Curta-Metragem
do Festival Curta Cinema, que acontece há 33 anos no Rio de Janeiro. O
laboratório tem como principal objetivo fomentar a realização de
curtas-metragens nacionais. Foram mais de 150 projetos inscritos de todo o país.
Juraci, idealizador e roteirista do filme, esteve na capital carioca e
participou do laboratório, que contou com a consultoria de três renomados
profissionais atuantes na área audiovisual. Nesta edição, Flávia Castro, Felipe
Scholl e Clementino Junior foram os consultores responsáveis pela orientação
dos 12 (doze) projetos de curta-metragem selecionados no Brasil.
Para o cineasta, a experiência do
laboratório foi enriquecedora tanto pela oportunidade de troca com os
profissionais referência no audiovisual nacional, quanto com os demais projetos
participantes, proporcionando um ambiente diverso de diálogo entre diferentes
olhares e expertises, contribuindo positivamente para a construção das
histórias que cada um deseja contar.
O projeto vencedor conta a história de
Kika, uma menina preta da periferia da cidade de Porto Velho, que descobre que
não é bem-vinda em uma festinha de aniversário no bairro. Enquanto aprendem
sobre o valor de uma verdadeira amizade, crianças ensinam sobre empatia e
acolhimento, ao desenrolar da história.
A proposta premiada, direcionada ao
público infantojuvenil, aborda problemas sociais como a aporofobia, que é a
aversão a pessoas pobres e o racismo. O conflito central do filme gira em torno
de uma situação real, presenciada na infância do roteirista.
Para Juraci, o momento do anúncio do
primeiro lugar foi como se o tempo rodasse em câmera lenta. Enquanto ouvia o
título da obra, sua memória viajava ao exato momento da cena vivenciada na
infância, na zona sul de Porto Velho, e que inspirou o filme. “Voltei àquele
instante compartilhado com outras crianças, passando por toda trajetória até
chegar aqui: as dificuldades para chegar até ao festival com recursos próprios,
a dificuldade que todo artista brasileiro tem de produzir”, relata.
O sentimento, completa, foi sobretudo de
gratidão “por estar nesse espaço, por ter a oportunidade de receber o prêmio em
um festival nacional e internacionalmente reconhecido e que, por fim, é também
um recado para o restante do Brasil e do mundo: o Norte existe”, finaliza o
realizador. O projeto vencedor recebeu o Prêmio Conecta Acessibilidade, com a produção
das três acessibilidades: audiodescrição, Libras e legendas descritivas e o
Prêmio Link Digital – Serviço de encode DCP para a obra, formato padrão para
exibição do filme no Brasil e no exterior.
O ritmo pulsante dos tambores, as coreografias cheias de energia e as histórias narradas em cada movimento marcaram o espetáculo de dança "Maculelê:
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