Sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008 - 14h34
A Clínica de Fisioterapia da Faculdade São Lucas orienta sobre a disfunção temporomandibular, esclarecendo a respeito dos sintomas, diagnóstico e tratamento. Segundo a coordenadora da Clínica, Ana Paula Fernandes Rubira, especialista em Clínica Fisioterápica, em Metodologia do Ensino Superior e Mestranda em Odontologia, a fisioterapia é fundamental no processo de tratamento da disfunção temporomandibular, sendo que os recursos fisioterapêuticos mais utilizados são eletroterapia, fototerapia, terapias manuais e exercícios. Ana Paula Rubira explicou que disfunção temporomandibular, sinônimo de disfunção craniomandibular ou disfunção de ATM (articulação temporomandibular), é o nome de um conjunto de sinais e sintomas que resultam de uma má relação entre a mandíbula e o osso temporal.
Segundo Ana Paula Rubira, a ATM são duas articulações que, em conjunto, movem a mandíbula para que se possa realizar movimentos como comer, falar e engolir. A fisioterapeuta esclarece que a dor nessa articulação é mais comum em mulheres com idade entre 20 e 40 anos, enquanto em homens e pessoas de outras idades a prevalência desse tipo de dor é menor. "A dor na ATM pode ser classificada como aguda ou crônica, através de diagnóstico preciso", observa Ana Paula.
A dor se manifesta na região anterior da orelha, mas muitas pessoas se queixam de cefaléia, dores de ouvido, dores no pescoço, seguidas ou não de ruídos na articulação, com ou sem dificuldades para abrir a boca, apertamento dos dentes, problemas na mastigação, vertigem ou tontura, dor irradiada para face, dentre outros. "A dor pode durar semanas", informa a fisioterapeuta. De acordo com a coordenadora da Clínica de Fisioterapia da Faculdade São Lucas, o diagnóstico é clínico com anamnese, inspeção e palpação, apoiado por exames diagnósticos de imagem (radiografias ou ressonância nuclear magnética), feito por profissional capacitado. "Um interrogatório atento e bem conduzido quase sempre leva a um diagnóstico, sendo primeiramente necessário definir se estamos lidando com dor crônica ou aguda", explicou Ana Paula Rubira, alertando que tratamentos realizados por pessoas não capacitadas são contra-indicados.
TRATAMENTO
Ana Paula Rubira disse que o tratamento se baseia no diagnóstico e pode ser medicamentoso, fisioterápico, ortodôntico e cirúrgico (raramente). Pode ser necessária uma placa oclusal, que é usada entre as arcadas dentárias, dentro da boca. Nos casos de má oclusão ou perda de dentes, pode ser indicado um tratamento ortodôntico. Nos casos de dor muscular relacionada com a ansiedade, é necessário acompanhamento com médico clínico-geral, psiquiatra e psicólogo.
Como a faixa etária de maior prevalência é a de 20 a 40 anos de idade, segundo a literatura, a causa nessa faixa etária tem origem muscular. O papel da fisioterapia se baseia primeiramente num diagnóstico cinético-funcional bem definido, uma avaliação rigorosa sobre aspectos musculares, visto que a dor na ATM leva a uma série de fatores que devem ser considerados. Nesse caso, conforme observou a fisioterapeuta, deve-se dar prioridade ao alívio dos sintomas, à busca da causa e terapias que envolvem a postura corporal.
Na Faculdade São Lucas, as Clínicas de Fisioterapia e de Odontologia estão com um trabalho integrado de diagnóstico, tratamento e acompanhamento. A pessoa que se identificar com alguns dos sinais ou sintomas aqui descritos poderá se encaminhar para essas duas clínicas e agendar sua avaliação. O agendamento para avaliação pode ser feito através dos telefones 3211-8034 (Clínica de Fisioterapia) e 3211-8053 (Clínica de Odontologia).
Fonte: Chagas Pereira
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