Terça-feira, 29 de março de 2022 - 20h17
Objeto
da Lei Complementar 193, o projeto de lei que deu origem ao Programa de
Reescalonamento de Débitos do Simples Nacional (Relp) foi inicialmente vetado
pelo presidente da República sob o fundamento de que se tratava de uma renúncia
de receita. Entretanto, de acordo com o advogado Romeu Amaral, o Congresso
Nacional derrubou este veto, com o apoio da Associação Nacional dos Simpi’s
(ASSIMPI) e os Sindicatos das Micro e Pequenas Indústrias (Simpi), permitindo
então que microempreendedores individuais, micro e pequenas empresas com
débitos junto ao Simples Nacional anteriores a março de 2022 possam aderir, até
29 de abril, ao programa, estruturado em duas etapas: a primeira consiste em
oito parcelas mensais calculadas com base no total da dívida e um percentual
aplicado considerando a redução do faturamento da empresa comparativamente nos
anos de 2019 e 2020. O remanescente será dividido em 80 parcelas também com
desconto a depender do impacto que o empresário sofreu no período da
pandemia.
Adesão ao ‘Relp’ vai até 29 de abril
Os
micro e pequenos empresários e os microempreendedores individuais terão até 29
de abril para aderirem ao parcelamento especial de dívidas com o Simples
Nacional. A adesão ao parcelamento poderá ser feita na Secretaria Especial
da Receita Federal; na Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), no caso
de débitos inscritos em dívida ativa; e nas secretarias de Fazenda dos estados,
do Distrito Federal e dos municípios, para débitos com governos locais. A
renegociação abrangerá os débitos com o Simples Nacional vencidos até a
competência de fevereiro de 2022, com parcelas pagas em março. Criado como
medida de socorro a pequenos negócios afetados pela pandemia de covid-19, o
Relp prevê o parcelamento de dívidas com o Simples Nacional em mais de 15 anos,
com desconto na multa, nos juros e nos encargos legais. Os débitos poderão ser
parcelados em até 188 meses (15 anos e oito meses). Desse total, as empresas
pagarão uma entrada parcelada em até oito vezes mais 180 prestações. Cada
parcela terá valor mínimo de R$ 300 para as micro e pequenas empresas e de R$
50 para o microempreendedor individual. Haverá desconto de até 90% nas multas e
nos juros de mora e de até 100% dos encargos legais. Assista: https://youtu.be/H1yQL8E0NQY
Atenção
irmão da estrada: Dia 31 encerra prazo para migrar para ‘MEI
Caminhoneiro’
Microempreendedores
individuais (MEI) que atuam como caminhoneiro de carga não perigosas municipal,
intermunicipal e interestadual, e transportador de mudanças têm até 31 de março
(quinta-feira) para migrar para o MEI Caminhoneiro. São milhares
formalizados que poderão se beneficiar com a nova categoria, que permite um
faturamento maior do que o teto das demais opções incluídas no regime
simplificado. Até o início de 2022, esses profissionais formalizados como
MEI tinham o faturamento limitado a R$ 81 mil por ano. A partir do dia 31
de janeiro, após a sanção do projeto de lei (PLP 147/2019), publicada a Lei Complementar
nº 188, que resultou na criação do ‘MEI Caminhoneiro’, o limite da receita
bruta anual para esses empreendedores passa a ser de R$ 251,6 mil. O
prazo para migração do ‘MEI Caminhoneiro’ é válido para quem já tem um CNPJ e
prevê uma expectativa de faturamento anual maior que R$ 81 mil. Caminhoneiros
autônomos que não são formalizados poderão optar pela nova categoria em
qualquer época do ano. Além da opção do regime tributário simplificado como o
MEI ou ‘MEI Caminhoneiro’, há ainda a possibilidade desses profissionais se
tornarem empresas, associados de cooperativas ou autônomos.
Reflexos
da guerra no leste europeu para o Brasil
Apesar
do aumento do preço dos insumos e da gasolina, houve também uma disparada dos
preços das commodities e, sendo o Brasil um grande exportador de cereais e
proteína animal, o país acabou se beneficiando disso, segundo avaliação de
Alexandre Chaia, sócio da escola de finanças Finted. “A forte entrada de dólar
no Brasil devido ao nível da taxa de juros, agora próximo a 12%, faz com que
empresas que tenham recursos fora do país tragam seus investimentos, refletindo
também no dólar, que após uma sucessão de quedas, chegou ao patamar
pré-pandemia” afirma Chaia. Segundo ele, a incerteza menor sobre o Brasil e a
entrada de capital farão com que o câmbio caia ainda mais e a pressão sobre a
inflação também diminua. “Isso seria um fator positivo se o Banco Central
tivesse espaço para reduzir os juros. Entretanto, com o Banco Central americano
elevando a taxa de juros, faz com que o Banco Central do Brasil siga
pressionado a manter o nível de juros alto também. O impacto disso é o
encarecimento do crédito para todos”, afirma.
Assista: https://youtu.be/b8ds15TKuI4
SIM
Digital da Caixa, veja o que precisa para fazer o empréstimo
A
Caixa promoveu evento nesta segunda-feira (28) para divulgar a modalidade de
crédito Caixa Tem SIM Digital. Esse tipo de financiamento é voltado a
empreendedores, incluindo a categoria MEI - microempreendedor individual.
É possível fazer uma simulação do financiamento para saber quanto custarão as
parcelas. O dinheiro será creditado na conta. Já os MEI's, outro público do
crédito, são pessoas jurídicas que oferecem serviços com remuneração
anual de até R$ 81 mil, terão que abrir conta na Caixa e para isso
deverão levar os documentos pessoais como CPF e RG e um comprovante de
endereço, e os documento da empresa, que são o CNPJ, o Certificado
de MEI e a Declaração Anual de Renda do MEI, e terá ainda
informar qual será a finalidade do empréstimo. Os valores solicitados podem ser
de R$ 1,5 mil a R$ 3 mil. O prazo também é de dois anos e os juros são de 1,99%
ao mês. Nesse caso, o pedido tem que ser feito qualquer agência da Caixa
Econômica Federal. O sistema de empréstimo e muito fácil e praticamente
sem burocracia, o que faz com que alguns Mei’s que já saiam da agencia
com o empréstimo em conta. No Simpi montou sistema de atendimento ao
Mei's que prevê orientação a quem tem alguma dificuldade em
relação ao documentos e entendimento do SIM DIGITAL, que pode ser feito
de forma presencial ou online pelo whats (69)9 9933 03
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Simpi/Datafolha
: pequenas industrias apresentam sinais de otimismo
Mesmo
com os preços em curva ascendente, a inflação pressionada e aumento na
inadimplência, o mês de fevereiro apresentou sinais de otimismo entre os
empresários das micro e pequenas indústrias, consequência ainda de uma ressaca
de vendas e lucro de janeiro. A conclusão é da pesquisa Indicador de Atividade
da Micro e Pequena Indústria, realizado pelo Datafolha, a pedido do Sindicato
das Micro e Pequenas Indústrias (SIMPI). Segundo o estudo, apesar da avaliação
de faturamento e margem de lucro terem caído de 119 para 106 pontos, a
satisfação com os negócios subiu de 132 pontos para 144 pontos, o mais alto
índice desde janeiro de 2020. Sobre a expectativa de inflação a previsão
pessimista entre as micro e pequenas indústrias para inflação passou de 61%
para 53% em fevereiro. Outros 37% acreditam que fica como está. Outros 10%
esperam que vai melhorar. Sobre inadimplência houve quebra da sequência
atingindo 37% empresas. Houve também queda nas demissões, e subiu de 77
para 88 pontos o nível de satisfação macro econômica. Credita-se o
aumento do nível de satisfação com o quadro econômico com a recente
derrubada do veto 8/2022 e a vitória para as empresas do Simples, que poderão
reparcelar seus débitos financeiros obtidos durante estes dois anos de pandemia
e ganhar um respiro para manter as portas abertas.
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