Terça-feira, 3 de maio de 2022 - 17h47
O prazo para adesão ao Programa de Reescalonamento do Pagamento de
Débitos no Âmbito do Simples Nacional (Relp) foi prorrogado para o último dia
útil de maio de 2022. A decisão foi tomada pelo Comitê Gestor do Simples
Nacional (CGSN). Também foi adiado o prazo para regularização das dívidas
impeditivas da opção pelo Simples Nacional, mudando de abril para o último dia
útil de maio (31/5). A Receita Federal e a Procuradoria- Geral da Fazenda
Nacional (PGFN) já estão com tudo pronto para operacionalizar o parcelamento. Mais
de 400 mil empresas deverão aderir ao Relp pela Receita, num montante de
débitos estimado em R$ 8 bilhões. Já pelo lado da Procuradoria-Geral da Fazenda
Nacional (PGFN), cerca de 256 mil empresas, em negociações que devem atingir R$
16,2 bilhões. O CGSN decidiu adiar também o prazo para a
regularização das dívidas impeditivas de opção pelo Simples Nacional e para a
entrega da Declaração Anual do MEI, porque a instituição do Relp está
diretamente ligada ao fornecimento, às microempresas e empresas de pequeno
porte, de mecanismos para manutenção de sua situação regular. Esse é um
requisito legal para permanência das empresas no regime especial do Simples
Nacional. Sobre a regularização, o Relp oferece parcelamento com reduções
nos valores de juros e multas para os débitos do Simples Nacional ou do Simei
apurados até fevereiro de 2022 . O valor da entrada (de 1% a 12,5%) é calculado
com base no valor da dívida consolidada. O valor mínimo da parcela é de R$ 300
para débitos do Simples Nacional e de R$ 50 para débitos do Simei. Quem adere é
beneficiado com a possibilidade de pagamento das dívidas em até 15 anos, além
de ter descontos em multas, juros e encargos legais. O Relp também beneficia
empresas em recuperação judicial.
Índice de Desempenho de micros e pequenas empresas cresce no 1º
trimestre
O primeiro trimestre de 2022 foi positivo para micros e pequenas
indústrias, revela pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI)
divulgada nesta segunda-feira (2). O Panorama da Pequena Indústria indica
melhora no Índice de Desempenho, que registrou a melhor média (45,5 pontos) no
primeiro trimestre do ano desde 2012. No primeiro trimestre de 2021, o índice
ficou em 43,9 pontos. Em janeiro, o Indicador de Desempenho das pequenas
indústrias registrou 43,3 pontos, resultado abaixo da média histórica (43,5
pontos), porém, nos meses seguintes, o desempenho melhorou. Na passagem para
fevereiro, o índice cresceu 1,8 ponto e, em março, mais 2,9 pontos. O Panorama
da Pequena Indústria reúne quatro indicadores: desempenho, situação financeira,
perspectiva e índice de confiança. Todos os índices variam de 0 a 100 pontos.
Quanto maior ele for, melhor é a performance do setor. Já o Índice de Situação
Financeira das pequenas indústrias recuou para 41 pontos no primeiro trimestre
de 2022. Apesar da queda, o índice permanece acima de sua média histórica (37,8
pontos). Segundo a CNI, o problema principal para as micro e pequenas empresas
(MPEs) está na falta ou alto custo de matéria-prima. “A preocupação com a falta
e o alto custo das matérias-primas aumentou na passagem do quarto trimestre de
2021 para o primeiro trimestre de 2022, diferentemente do que aconteceu com as
empresas de maior porte. O desempenho da pequena indústria no trimestre foi
positivo, mas esse problema segue travando o que poderia ser um melhor
resultado. A falta ou alto custo de matéria-prima permaneceu no
primeiro lugar do ranking de principais problemas enfrentados pelas
MPEs da indústria extrativa, de transformação e da construção. A elevada carga
tributária se manteve na segunda posição também para os três
segmentos industriais.
Microempreendedor, na hora de ter plano de saúde?
O plano de saúde para o MEI é uma modalidade empresarial
contratada pelo CNPJ. Contudo, ele é idêntico ao plano de saúde particular, no
qual você terá atendimento médico e hospitalar na rede privada pagando
mensalidade. O valor do plano de saúde para o
Microempreendedor Individual muda de acordo com as especificações de cada
plano. Então, você deve ficar atento aos benefícios de cada um ao avaliar os
valores. Por este motivo, não se esqueça de fazer a comparação dos planos
disponíveis antes de escolher o plano adequado às suas necessidades, e
lembre-se o MEI pode ter um plano de saúde com até 40% de desconto comparado
ao plano de saúde individual. Hoje os planos de saúde que trabalhão com o MEI
são: Unimed (Unimed Pleno) que podem ser adicionado até 29 pessoas com preço
inicial de R$192.00. Já a Golden Cross (Plano Golden Fit) que vai desde
R$144.00 a R$868.00 e o Bradesco Saúde (Plano Efetivo) a R$ 280,54
para no mínimo 3 pessoas.
Prazo para entrega da ECD Contábil acaba em 31 de maio
Empresas e entidades sem fins lucrativos têm até 31 de maio para
entregar eletronicamente à Receita Federal a obrigação acessória SPED Contábil
- Sistema Público de Escrituração Digital, a chamada ECD Contábil inerente aos
fatos ocorridos na organização no ano de 2021, segundo informa o auditor e
perito contador Vitor Stankevicius. Ele lembra ainda que os microempreendedores
individuais (MEI) têm até o dia 30 de junho para entregar a declaração anual do
Simples Nacional (DASN-SIMEI).
Flavio Rocha (Lojas Riachuelo) defende substituição de impostos
por alíquota única sobre movimentação financeira
“O sistema tributário brasileiro é como areia nas engrenagens da
economia. Nada agrava tanto o ambiente hostil dos negócios como o nosso
manicômio tributário”, afirma Flávio Rocha, presidente do Conselho da
Riachuelo. Para ele, enquanto a complexa geografia brasileira dificulta a vida
das autoridades fiscais e impõe burocracia aos contribuintes, os computadores
das instituições bancárias concentram a síntese de toda atividade econômica do
país. Rocha acredita que a solução para o sistema tributário no Brasil é a
eliminação de todos os impostos criando uma alíquota única sobre a movimentação
financeira. “Com isso, a adotaríamos uma base mais ampla, ou seja, o volume
total de pagamentos, que no Brasil corresponde a cerca de R$ 2 quatrilhões, com
uma pequena alíquota, de 0,1%, por exemplo. Portanto, com praticamente zero de
burocracia conseguiríamos financiar União, Estados, municípios e Previdência.
Essa é a base tributária do futuro”, afirma em entrevista exclusiva ao programa
“A Hora e a Vez da Pequena Empresa”. De acordo com Flávio Rocha,
pelo menos 40 países adotam diferentes formas de tributação sobre transações
financeiras, embora nenhum no formato proposto por ele. “O Brasil tem em torno
de 80% do seu PIB envolvendo questões tributárias, enquanto no restante do
mundo essa parcela não chega a 2%. Nenhum outro país no mundo tem um
contencioso tributário como o nosso, que beira os R$ 5 trilhões”, ressalta o
líder do grupo Riachuelo, que completa 75 anos em 2022, com lojas em todo o
Brasil. Além da quantidade de tributos, a consequente informalidade provocada
pelo cenário complexo faz com que o Brasil seja dividido em dois, na opinião de
Rocha. “De um lado, um Brasil que carrega a maior cruz tributária do mundo e,
do outro lado, um Brasil que vive em paraíso fiscal por conta da sonegação.
Isso distorce o bom funcionamento da economia de livre concorrência”, lamenta.
O empresário declara que se sentiu aliviado quando foi derrubada a PEC
110/2019, que pretendia unificar os impostos federais e estaduais em dois novos
tributos. “Caso fosse aprovado, este sistema tributário já nasceria obsoleto”,
afirma.
Assista: https://youtu.be/6HVKIFr9-SM
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