Segunda-feira, 21 de março de 2022 - 10h06
A confiança do comerciante
recuou 1,3% em março, mantendo a tendência apresentada em fevereiro (-1,2%).
Com o resultado, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec),
apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo
(CNC), encerra o primeiro trimestre de 2022 com
queda acumulada de 1,12%. Segundo o levantamento, os efeitos da inflação
persistente e a recente transmissão do aumento dos combustíveis a outros preços
são elementos-chave que explicam a evolução da baixa confiança empresarial.
A guerra na Ucrânia também é
um fator de peso para o resultado. O presidente da CNC, José Roberto Tadros,
avalia que o quadro internacional gera um cenário de incertezas. "O
conflito deve influenciar, juntamente com comportamento dos valores internos, o
crescimento da inflação. Os preços, em geral, devem permanecer em alta,
principalmente em virtude da escalada dos combustíveis e das commodities".
Todos os índices que compõem o
Icec registraram variações negativas, com destaque para Condições Atuais, que
recuou 1,6%, enquanto Expectativas e Intenção de Investimentos apresentaram
retrações de 1,2% e 1,1%, respectivamente. O indicador, no entanto, manteve-se
na zona de satisfação (acima dos 100 pontos), registrando 118 pontos.
Mais estoques e menos
contratações
No índice Intenção de
Investimentos, apenas um subíndice apresentou variação positiva, o relativo às
intenções de investir em estoques, que cresceu 1,2%. O mesmo grupo, no entanto,
também registrou a variação negativa mais expressiva entre todos os subíndices,
de 3,5% em intenções de investimento em contratação de funcionários.
O economista da CNC
responsável pela análise, Antonio Everton, avalia que, apesar de constituir a
segunda retração consecutiva e com mais força que no mês anterior (-0,4% em
fevereiro), a queda da intenção de contratar funcionários pode indicar ajustes
nas empresas. "A variação pode sinalizar uma adequação nos custos
operacionais a uma perspectiva de menor faturamento".
O economista ainda observa que
o clima de menor confiança é agravado pela sazonalidade. Todo início de ano, a
chegada de impostos aumentados (IPTU e IPVA), novos valores para condomínio e
mensalidade escolar pesam nos orçamentos. Além disso, os juros reais por volta
de 5% acima da inflação encarecem o custo da tomada do crédito. "São fatos
que também afetam a percepção dos empresários do comércio para uma conjuntura
relativamente mais difícil", lembra o economista.
Acesse aqui a análise, gráficos e série histórica da
pesquisa
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