Domingo, 29 de janeiro de 2023 - 12h04
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec),
medido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo
(CNC), atingiu 119 pontos em janeiro. Esse valor representa uma queda de 3,6%
na comparação com o mês anterior, já descontados os efeitos sazonais, e é a
segunda baixa consecutiva. Na comparação com janeiro de 2021, o otimismo também
sofreu queda de 1,7%. Com redução mensal de todos os indicadores, o otimismo do
comerciante chegou ao menor nível desde abril de 2022.
Um dos destaques é a queda de 6,4% no índice de
expectativas para o curto prazo. A desaceleração da atividade econômica como um
todo e, especificamente, do varejo no fim do ano passado levou as perspectivas
dos comerciantes sobre a economia aos 125,7 pontos e sobre o setor do comércio
aos 139 pontos. Esses são os menores níveis desde abril de 2021.
“O comércio de bens e serviços, que representa grande parte
do PIB brasileiro e gera a maioria dos postos de trabalho formal, sente o
desaquecimento das vendas provocado pela combinação da inflação persistente com
os juros elevados”, afirma José Roberto Tadros, presidente da CNC. Ele ressalta
que a desaceleração da criação de vagas no mercado de trabalho e o alto nível
de endividamento das famílias geram mais cautela ao consumidor, cenário que
deve persistir durante 2023.
Um terço dos comerciantes acha que a economia
vai piorar
“Os comerciantes vêm apontando, há dois meses, deterioração
rápida das expectativas sobre o desempenho da atividade econômica e do comércio
no primeiro semestre deste ano”, analisa a economista da CNC responsável pelo
Icec, Izis Ferreira. Saltou de 12,1% em novembro para 31,4% em janeiro a parcela
de varejistas que acreditam em uma piora na economia, nos próximos meses. Em
relação à performance do varejo, subiu de 9,3% em novembro para 23,7% em
janeiro o percentual de comerciantes que têm perspectiva de piora nas vendas.
Mais de 40% dos comerciantes devem reduzir
investimentos
Izis Ferreira assinala que os varejistas já suportam
redução das vendas e, por isso, estão reajustando o planejamento para 2023. “A
piora na percepção das condições atuais e das expectativas está levando os
comerciantes a reavaliar investimentos na empresa e na recomposição dos
estoques”, indica a economista. Conforme o Icec, a intenção de investir no
negócio caiu 3,9% entre dezembro e janeiro, a quinta queda consecutiva, levando
o índice aos 109,4 pontos. Do total de comerciantes, 42,4% pretendem reduzir
investimentos: esse é o maior percentual desde junho do ano passado.
Os lojistas de todos os segmentos do varejo indicaram que
vão enxugar seus investimentos. O destaque desse indicador é a queda de 5% em
relação a dezembro entre os varejistas de produtos duráveis, o que levou o
índice aos 103,4 pontos. “Os juros permanecerão elevados pelo menos até o
terceiro trimestre deste ano, o que deve reverberar negativamente o consumo de
bens dependentes do crédito”, explica Izis Ferreira.
Ainda houve pequena piora na avaliação dos comerciantes
sobre o nível dos estoques em janeiro, uma queda de 0,3%. Esse indicador chegou
a 94,6 pontos, e a parcela de comerciantes avaliando os estoques como
adequados, 60% do total de varejistas, é a menor desde junho de 2021.
Menos contratações
Outro dado que chama a atenção é a redução de 10,4% na
intenção de contratar novos funcionários, no comparativo com janeiro de 2021,
além da queda de 6,7% em relação a dezembro. O índice ficou em 122,9 pontos,
ainda no espectro de otimismo.
Izis Ferreira explica que, tradicionalmente, janeiro é um
momento de redução da contratação, por ser um período de menor quantidade de
vendas. Além disso, parte dos contratos temporários realizados até dezembro
acaba sendo efetivada, o que reduz a intenção de criação de novas vagas.
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