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Confiança do comércio se recupera em agosto, interrompendo sequência de quedas

Crescimento da inadimplência empresarial, porém, preocupa o setor do varejo


Confiança do comércio se recupera em agosto, interrompendo sequência de quedas - Gente de Opinião

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) aumentou 0,3% em agosto, alcançando a marca de 110,6 pontos, na zona de satisfação. Esse resultado marca o fim de três meses consecutivos de quedas, embora os dados revelem um desempenho desigual dos indicadores durante o mês. A pesquisa, realizada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), mostrou que, mesmo com a confiança maior em relação ao mês anterior, os empresários do comércio estão menos otimistas em comparação ao mesmo período do ano passado, uma vez que o Icec caiu 10,8% em relação a agosto de 2022.

“O cenário de confiança do empresário do comércio apresentou melhoras pontuais, mas os desafios diante das condições econômicas persistem além das incertezas do ambiente empresarial e do mercado de consumo”, afirma o presidente da CNC, José Roberto Tadros. Ele lembra que, apesar de o Icec apontar aumento do grau de otimismo, isso ainda não se traduziu em uma melhoria das expectativas anuais dos comerciantes.

Em relação ao ano passado, os dados mostram que os comerciantes estão menos confiantes, com todos os indicadores apresentando queda.

Expectativas moderadas

O indicador que mede a visão do comerciante sobre o cenário atual revelou que os empresários estão um pouco mais confiantes, com um aumento de 1% em relação a julho. No entanto, as expectativas para os próximos seis meses estão mais moderadas, com um declínio de 0,2%. Esse cenário proporcionou um crescimento leve das intenções de investimento, impulsionadas principalmente pela intenção de contratar funcionários, que teve um aumento de 0,7%. “Esse movimento, mesmo com ajustes de sazonalidade, pode ser atribuído à aproximação de datas relevantes do calendário de vendas no varejo neste segundo semestre, ao alívio da renda vindo da inflação mais baixa e da resiliência do mercado de trabalho”, explica a economista da CNC responsável pelo Icec, Izis Ferreira.

Crescimento da inadimplência empresarial preocupa

Segundo dados do Banco Central, houve um crescimento acelerado da inadimplência acima de 90 dias no crédito com recursos livres entre as pessoas jurídicas desde a segunda metade de 2022. Aproximadamente 3,3% do crédito destinado às empresas está em situação de inadimplência há mais de três meses, o maior percentual desde agosto de 2018. Nesse mesmo sentido, os indicadores do Icec relacionados com empresa apresentaram quedas tanto no mês quanto no ano. As análises do desempenho atual dos negócios, das expectativas para os próximos seis meses e da intenção de investir em capital físico estão em declínio. “As condições de operação no varejo estão mais restritas, sobretudo nos segmentos mais dependentes de vendas a prazo e com alta alavancagem empresarial”, explica Izis Ferreira.

Por outro lado, apesar de o nível de endividamento e inadimplência entre os consumidores permanecer elevado, o início do processo de redução da Selic e das taxas de juros de mercado trouxe certo alívio. Isso repercutiu no otimismo dos comerciantes de bens duráveis (eletroeletrônicos, móveis, decorações, cine/foto/som, materiais de construção e veículos), com o índice de confiança desse grupo atingindo 105,3 pontos.

Maior intenção de compra aumenta otimismo do comerciante

A pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), também apurada mensalmente pela CNC, indicou maior intenção de compra por parte dos consumidores em agosto, impulsionada pela sensação de maior segurança no emprego atual. “Esse fator é um determinante para compras a prazo”, destaca a economista da CNC.

Entre os segmentos do varejo, houve aumento do otimismo durante o mês em todas as categorias: 0,1% em supermercados e farmácias, 0,8% em vestuários e calçados e 0,9% em eletroeletrônicos, móveis, cine/foto/som, materiais de construção e veículos. No entanto, ao considerar o acumulado do ano, todos os grupos apresentaram redução da confiança: 11,7%, 6,6% e 12,7%, respectivamente.

Confira aqui a análise completa e a série histórica do Icec

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