Quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024 - 08h05
No fim de 2023, os principais problemas percebidos pelos pequenos
empresários da indústria foram a elevada carga tributária, demanda interna
insuficiente e competição desleal (como informalidade e contrabando). A dificuldade
de acesso ao crédito e a alta carga tributária têm complicado a situação
financeira das pequenas indústrias nos últimos dez anos. A conclusão consta de
um balanço da pesquisa divulgada pela CNI. O levantamento analisou a situação
financeira em 40 trimestres. Em todos eles, os pequenos empresários industriais
registraram dificuldade de acesso ao crédito. O indicador ficou abaixo da média
histórica em 21 trimestres para a pequena indústria. Em 2016, o Índice de
Situação Financeira atingiu o pior resultado da série com 29,5 pontos. Na
época, a taxa Selic (juros básicos da economia) estava em 14,25% ao ano. O
indicador manteve-se abaixo da média história de 38,4 pontos de 2015 a 2019, só
superando a média em 2020, quando a Selic foi reduzida para 2% ao ano, no
início da pandemia de covid-19. Em meados de 2020, o indicador atingiu o maior
valor da série histórica, 43,1 pontos. Além dos juros baixos, a criação de
programas emergenciais para as micro e pequenas empresas, como o Programa
Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) e o
Programa Emergencial de Acesso a Crédito (PEAC), favoreceram as finanças das
indústrias de menor porte.
Um Projeto de Lei na medida para as pequenas empresas
O SIMPI encaminhou uma proposta ao projeto de lei que busca alterar a
legislação geral das micro e pequenas empresas. Essa proposta visa
conceder aos empresários de micro e pequenas empresas, que não tenham cumprido
as exigências de regularização, uma nova oportunidade de regularização anualmente,
durante o mês de julho. "A medida proporciona uma chance adicional
para as empresas que enfrentaram desafios no início do ano, permitindo que, no
início do segundo semestre, elas ingressem novamente no Simples Nacional,
aumentando assim suas chances de permanecerem ativas e regulares", disse o
advogado Marcos Tavares.
A proposta foi minuciosamente analisada e recebeu aprovação unânime da
comissão, transformando-se no projeto de lei complementar 228/23. Atualmente,
encontra-se sob a relatoria do deputado Vítor Lippi.
Assista: https://youtu.be/hD6mpG2FXiM
Desenrola para empresas deve sair neste trimestre
O lançamento da versão para empresas e microempreendedores individuais
(MEI) do Programa Desenrola deve sair no primeiro trimestre, disse o ministro
do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio
França. Segundo ele, o programa deve beneficiar cerca de 7 milhões de
microempreendedores individuais (MEIs) com dívidas com o governo, de um
universo de 15 milhões no país. Esse é o primeiro avanço do programa desde
que a ideia foi apresentada pelo vice-presidente da República e ministro do
Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, em novembro
do ano passado. De acordo com Márcio França, a versão do Desenrola para as
empresas deve contemplar dívidas do Programa Nacional de Apoio às Microempresas
e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). Ele não descartou que o programa seja
implementado em fases, como ocorreu com a versão para pessoas físicas do
Desenrola, que começou em julho do ano passado e terminará em 31 de março.
Como são feitas as projeções econômicas ?
Você já se perguntou como são realizadas as projeções econômicas, como,
por exemplo, o crescimento do PIB? Otto Nogami, economista, compartilha sobre o
processo. Embora existam algoritmos complexos que incorporam diversos
indicadores para antecipar eventos futuros, Otto destaca uma abordagem mais
simples.
"A Confederação Nacional das Indústrias produz um indicador chamado
Índice de Confiança do Empresário Industrial, que engloba percepções sobre
expectativas, manutenção de estoque e intenção de faturamento. Este indicador
reflete como os empresários visualizam o mercado". Outro indicador
relevante mencionado por Nogami é o "Intenção de Consumo das
Famílias", elaborado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens,
Serviços e Turismo.
"Esse indicador é crucial, pois sugere que, à medida que as
famílias confiam mais no futuro, a intenção de consumir tende a aumentar".
Ainda destaca-se o índice de Confiança do Empresário do Comércio, também
elaborado pela mesma instituição CNC. Este índice reflete a perspectiva de empresários
que atuam no comércio e varejo, proporcionando uma visão sobre o que pode
ocorrer nos próximos dias.
Por último, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) calcula o Índice de
Confiança do Consumidor, que mensura como os consumidores enxergam o futuro. A tendência
é que, quando se sentem mais seguros, os consumidores estejam propensos a
aumentar suas atividades de consumo.
Assista: https://youtu.be/ZR0XzbeTdpY
Governança Generativa com a Professora Marcela Argollo
A professora de ESG, Marcela Argollo, falou de um novo modelo de
governança: a Governança Generativa.
Este modelo de governança visa antecipar cenários futuros da
organização, permitindo a definição de estratégias para melhorar o desempenho e
a competitividade.
Marcela destacou os três principais pontos para a implementação prática
desse modelo. O primeiro pilar é a arquitetura organizacional generativa, ou
seja, a maneira como toda a estrutura de processos e organização é desenvolvida
de forma sustentável, inclusiva e colaborativa. O segundo pilar, apontado
como crucial por Marcela, é a incorporação da sustentabilidade nos negócios,
agindo de maneira consciente e ecológica. O terceiro ponto aborda a cultura
generativa. É por meio da integração dessa cultura que líderes alinhados com o
propósito da organização são cultivados, e o lucro se torna uma consequência
natural.
Assista: https://youtu.be/fjPKhqjboHo
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