Segunda-feira, 16 de outubro de 2023 - 17h03
Mais de uma centena de representantes do setor produtivos e outras entidades de classe estiveram presentes, hoje, na Assembleia Legislativa para protestar contra o aumento de 21% do ICMS e esperaram, por mais de duas horas, ser recebidos pelo presidente da Casa, Marcelo Cruz, que não apareceu. Acabou sendo o deputado Delegado Rodrigo Camargo quem atendeu as lideranças das mais de 60 entidades representativas do agronegócio, da indústria, do comércio, de entidades de classe e a população que foram manifestar o seu descontentamento com o aumento de impostos. O presidente Marcelo Cruz, por meio de sua assessoria, tentou adiar a conversa com as lideranças para as 16:00 horas, mas não foi aceito, então dada a quantidade de pessoas, foi acertado o encaminhamento de todos para o Plenarinho da ALE.
MAIS IMPOSTOS NÃO AUMENTA A ARRECADAÇÃO
Quem também apareceu para dar apoio aos manifestantes foi o Senador Jaime Bagattoli (PL), que é empresário e produtor rural em Rondônia, e que fez uma explanação contra todo e qualquer aumento de impostos, em qualquer nível. Ele lembrou que, no governo de Bolsonaro, com a desoneração dos impostos a arrecadação aumentou, enquanto no atual governo somente fizeram a reoneração de impostos e a arrecadação vem caindo porque o setor produtivo não consegue mais ter recursos para pagar mais. Dizendo-se um leigo na burocracia, deixou claro que está decepcionado com a falta de visão das autoridades, pois, falando como empresário, sabe das dificuldades que as empresas estão tendo e há uma completa insensibilidade em relação também aos problemas do povo, que sofre com o aumento dos preços e da inflação. Disse ainda que, apesar de ser senador, é um só e se sente impotente, muitas vezes, com a forma como as coisas são conduzidas, mas que ainda assim, não havia visto uma aprovação tão rápida como da do ICMS de Rondônia. Por fim que isto era muito ruim por desacreditar o parlamento. Os representantes do povo tem que defender o povo e não atender outros interesses contrários a ele. E posicionou-se contrao o aumento do ICMS e a tributação do agronegócio rondoniense. Entre os líderes empresariais e do agronegócio, que se manifestaram, houve a unanimidade contra os impostos. A palavra que se ouvia é que mais impostos é promover o fechamento de empresas e a dispensa de trabalhadores. O representante do setor de cerveja e da cachaça falaram que os impostos já são o 2º maior do Brasil e que, com uma nova alíquota, serão os primeiros. Uma representante lojista, que disse ter dez empregados, afirmou que não consegue mais vender e que suas clientes, muitas amigas, estão comprando pela internet. Então, ela paga aluguel, impostos, empregados e não consegue concorrer com os preços externos e, quando menos se espera, vê que a situação vai piorar. O que fazer?
O COMPROMISSO DOS DEPUTADOS
FOI DE, O MAIS BREVE POSSÍVEL, REPARAR O ERRO
Uma comissão de deputados
chefiada pelo deputado Ismael Crispin, com a presença de Luizinho Goebel,
Ezequiel Neiva (União), Cassio Góes e Taíssa Souza (PSC), que disseram ter vindo
de uma outra reunião com os demais deputados, na busca por uma solução para a
revogação da nova alíquota do ICMS, se apresentaram para receber as lideranças
em nome do presidente da Casa. Na ocasião, o deputado Ismael Crispin pediu
desculpas em nome dos deputados pela aprovação açodada do ICMS reconhecendo que
foi um erro e somente aconteceu pela forma como o projeto foi apresentado sem
estar previsto e com muitos deputados online, o que inclusive fez com que
constasse em ata, como foi o caso da deputada Taíssa, que votou não e colocaram
sim. Outros, como deputado Luizinho Goebel nem estiveram presentes, mas todos
foram penalizados com out-door espalhados com os nomes deles. Os outros
deputados se manifestaram e foi dito que dois deles entraram na justiça para
anular o ato e a deputada Taíssa contra
a ata de reunião e houve o compromisso de que a taxação do agro teria as
5(cinco) sessões regimentais obedecidas antes de ser votada, mas os gritos eram
de que não se aceitaria taxação. A
opinião geral foi de que os deputados deveriam “zerar” o que foi feito, de vez
que é inaceitável para os representantes. Houve a resposta d que fo pedido para
que o governo do estado revogue o aumento do ICMS e os deputados disseram que a Assembleia deve votar pela rejeição da
taxa do Agro. O deputado Camargo, que até pediu para rezarem uma oração
(possivelmente para perdoar os pecados ali cometidos) ponderou que a revogação da lei do ICMS seria uma justiça
promovida pelo governo do estado e espera que a situação seja resolvida o mais
rápido possível para o bem de toda a comunidade, que está cansada de pagar
tantos impostos. O compromisso assumido foi o de que os deputados sabiam que
estavam errados e procurariam reparar o erro, inclusive, se necessário,
paralisando qualquer solicitação do governo do Estado.
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