Terça-feira, 8 de outubro de 2024 - 11h20
De acordo com estimativa da Confederação Nacional
do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o volume de vendas voltadas para
o próximo Dia das Crianças deverá registrar uma movimentação financeira de R$
9,35 bilhões. Caso essa projeção seja confirmada, o varejo apresentará um
crescimento de 2,6% em relação a 2023. O Dia das Crianças é considerado o
terceiro evento mais importante do calendário de vendas do varejo nacional,
ficando atrás apenas do Natal e do Dia das Mães.
“Essa é uma data que continua sendo chave para o
comércio. As boas condições do mercado de trabalho e a melhoria no rendimento
das famílias são os fatores que nos permitem projetar um crescimento de vendas
neste ano”, afirma José Roberto Tadros, presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac.
Segundo ele, o setor varejista tem encontrado mais estabilidade, e isso se
reflete diretamente nas expectativas de movimentação neste ano.
A perspectiva positiva para o Dia das Crianças de
2024 está alicerçada em condições de consumo mais favoráveis, impulsionadas
pelo aquecimento do mercado de trabalho. A Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios Contínua (Pnad) indicou que a taxa de desemprego, encerrada em
agosto de 2024, ficou em 6,8% — o menor patamar em mais de uma década. Além
disso, a massa real de rendimentos registrou um avanço de 8,3% nos últimos 12
meses, impactada pela política de valorização do salário mínimo.
Crianças vão ganhar roupas e calçados
O segmento de vestuário e calçados será o principal
destaque das vendas em 2024, respondendo por 27% do volume projetado, o que
corresponde a R$ 2,5 bilhões. Na sequência, o setor de eletroeletrônicos e
brinquedos representa 25% das vendas, com movimentação estimada de R$ 2,3
bilhões. Perfumarias e farmácias, por sua vez, têm previsão de faturamento de
R$ 2,1 bilhões, com o maior crescimento percentual em relação ao ano passado,
previsto em 6%.
Brinquedos e bicicletas mais baratos
De acordo com a CNC, o preço médio da cesta de
produtos relacionados ao Dia das Crianças deve ter uma variação de 2,8% em
2024, uma desaceleração em relação ao aumento de 6,7% registrado em 2023. A
alta nos preços será impulsionada por itens como livros (aumento de 9,7%),
chocolates (acréscimo de 7,2%) e sapatos infantis (elevação de 6,5%). Por outro
lado, itens como bicicletas (queda de 4,3%), ingressos para cinema e teatro
(retração de 3,9%) e brinquedos (redução de 2,8%) deverão ficar mais baratos em
relação ao ano passado.
“A inflação mais baixa traz um alívio importante
para os consumidores que vão às compras neste Dia das Crianças. Embora alguns
produtos tenham aumentado de preço, como livros e chocolates, outros bens
relevantes para a data estão com preços menores, o que facilita o planejamento
do orçamento das famílias”, explica Fabio Bentes, economista da CNC e
responsável pelo estudo.
Distribuição regional
Regionalmente, São Paulo lidera com uma projeção de
vendas de R$ 2,678 bilhões, seguido por Minas Gerais (R$ 916 milhões) e Rio de
Janeiro (R$ 752 milhões). Essas três unidades da federação devem representar
57% do total movimentado em 2024. O maior crescimento percentual em relação a
2022, contudo, está previsto para o Paraná, com uma alta de 7,4%.
Acesse aqui a análise completa e o
vídeo do economista responsável pelo estudo
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