Quarta-feira, 11 de janeiro de 2023 - 11h35
Na avaliação do cenário político e
econômico para o próximo ano, uma série de condicionantes devem ser levadas em
consideração. Na opinião de Cida
Damasco, jornalista especialista em temas econômicos, com mudança de governo a
avaliação deve ser ainda mais profunda. “Esse novo governo tem vários desafios
pela frente. Internamente o principal desafio é serão processadas as mudanças
na política econômica. Como e principalmente, compatibilizar responsabilidade
social com responsabilidade fiscal? E do lado externo, temos a economia
americana com certos problemas, mas ainda um pouco melhor do que a economia
europeia”. Orientada pelo atual cenário internacional, Cida questiona como
tanto a economia americana como europeia, às voltas com inflação alta e juros
altos, darão impulso positivo para a atividade econômica, e o peso que isso
terá a economia brasileira. “Nós sabemos que política de juros severa nunca
favorece muito atividade econômica. Portanto, fora e dentro, temos
condicionantes complicadas para este ano”. Cida ainda apontou alguns sinais
favoráveis, a exemplo dos benefícios sociais. “A continuidade do Auxílio
Brasil, que voltará a chamar Bolsa Família, no valor de R$ 600 mais o adicional
de R$ 150 para famílias com crianças de até 6 anos de idade”. A medida social
deve elevar o consumo, entretanto a alta da inflação acima dos dois dígitos
ainda é um desafio para política econômica neste ano. A expectativa de queda
dos juros para o início de 2023, não está se consolidando. “Com relação à
questão dos juros, a taxa básica é de 13,75%, mas nós sabemos que na realidade
os juros são muito mais elevados. E juros alto não é uma coisa que anima nem
consumidores, nem empresas”, pondera Cida. Quanto ao papel do BNDES, Cida
afirma “há uma grande discussão sobre qual o papel do BNDES nesse novo governo.
E muita gente temia a volta da política de beneficiar os chamados as grandes
empresas, puxando o crescimento de vários setores. Essa política não se mostrou
adequada e recebeu várias críticas e há claros sinais de que não será a
política adotada nesse governo. O BNDES terá um papel importante também em
relação às pequenas e médias empresas. E isso é essencial”.
Assista:
Contribuição mensal do MEI subirá
para até R$71 em fevereiro
A partir de fevereiro, os cerca de 14
milhões microempreendedores individuais (MEI) registrados no país pagarão R$
66, podendo chegar até R$ 71 no caso das empresas de serviços. O aumento, de
8,91%, segue o reajuste do salário-mínimo, que passou de R$ 1.212 no ano
passado para R$ 1.320 este ano, conforme estipulado pelo Orçamento. O reajuste valerá apenas para os boletos com
vencimento a partir de 20 de fevereiro. A cota deste mês, que vence em 20 de
janeiro, continuará a ser paga pelo valor antigo, de R$ 60,60. Para o MEI
caminhoneiros, que contribuem mais para a Previdência Social, a contribuição
passará de R$ 145,44 para R$ 158,40, já que a contribuição mensal varia
conforme o ramo de atuação. Os empresários do comércio e indústria pagam R$ 1 a
mais referente ao ICMS, administrado pelo estado onde mora. Os profissionais
que executam serviços recolhem R$ 5 a mais de Imposto sobre Serviços (ISS),
administrado. O que chama atenção é que
este aumento somado a não atualização do valor máximo de faturamento
anual, trará grandes problemas ao MEI
que tem um empregado, pois aumentará o valor do salário, aumentarão os
encargos trabalhistas, assim o
como sobem os preços dos insumos,
produtos e impostos. A tendencia e a dispensa de funcionários e a volta ao
trabalho informal em maior escala.
Que chique: agora as empreendedoras
têm crédito só para elas
Criado pelo Governo Federal e
realizado através Caixa Econômica Federal nasceu o programa para ajudar
mulheres a empreender. O objetivo agora é
apoiar o empreendedorismo feminino, sendo que irá disponibilizar
crédito e cursos nesta área para as
mulheres empreendedoras começarem o próprio negócio, ou desenvolver e fazer
crescer o seu negócio. O novo programa foi batizado de “Caixa para Elas
Empreendedoras” que têm o intuito de ajudar na formalização e capacitação
dessas mulheres, assim como libera uma linha de crédito específico para esse
público. Dessa forma, essas empreendedoras podem estruturar o negócio e buscar
a independência financeira. Assim, a Caixa irá liberar cerca de R$ 1 bilhão em
crédito para o empreendedorismo feminino. Além disso, o valor médio do
empréstimo gira em torno de R$ 1 mil, com variações para mais ou para menos e
podem solicitar quem está com o nome negativado. As interessadas deverão
procurar a agencia mais próxima para maiores informações, ou ainda o Sebrae ou o Simpi de sua cidade.
Micro e Pequenas Empresas tem até o
final deste mês para voltar ao Simples
As microempresas e empresas de
pequeno porte têm até 31 de janeiro de 2023 para solicitarem inclusão no regime
de tributação do Simples Nacional e
passar a ter a oportunidade de pagar oito tributos (ICMS, IPI, IRPJ, CSLL, PIS,
COFINS, ISS e INSS patronal) entre municipais, estaduais e federais, de uma
única vez, reduzindo os custos tributários. Os empreendedores também ficam
livres de obrigações acessórias com vencimentos distintos, reduzindo a
burocracia para administrar o negócio. Necessário para a adesão regularizar
qualquer situação que impeça o seu enquadramento como a existência de débitos e
exceder o valor limite da receita bruta anual. Mas fique atento a situação de
não deixar para a última hora, pois ao fazer antecipadamente e ter o
indeferimento como resultado, onde o próprio sistema aponta o motivo, faz com que tenha tempo sanar o impedimento e assim não precisará
esperar um ano para tentar novamente a adesão. Lembre ficar fora do
Simples Nacional e sinal que terá pela frente
os mesmos serviços burocráticos que uma grande empresa tem.
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