Terça-feira, 29 de novembro de 2022 - 18h30
A inadimplência cresceu no Brasil por vários motivos. Mas para os
empresários de micro, pequenas e médias empresas que não estão inadimplentes e
precisam do crédito para crescer, é importante cuidar da sua capacidade de
tomar crédito. “As nossas empresas são avaliadas pela nossa pontualidade,
pela nossa capacidade de honrar os compromissos. Então é muito mais organização
pessoal do que efetivamente ter o dinheiro naquele dia, naquele momento”,
esclarece Marcos Travassos da Money Money Invest. A dica é fazer um fluxo
de caixa e adequar as suas entradas de dinheiro com os seus compromissos. Isso
vai ajudar quando o empresário for pedir um crédito. “É uma realidade que o
crédito, nos tempos modernos, é um crédito digital. É um crédito onde a gente é
avaliado o tempo todo”. Atualmente são as fintechs que despontam como uma
alternativa de crédito. “Porque, vocês sabem, somente cinco bancos no Brasil
cobrem 80% do crédito”, lembra Marcos Travassos. “O Brasil é movido pela força
do empreendedorismo e nós, empreendedores, vamos continuar fazendo esse Brasil
ir adiante, independente de crise interna, crise externa, política, ou seja, lá
o que for”, finaliza, otimista, Marcos Travassos.
Assista: https://youtu.be/KnbKZNa3fic
PT e PMDB travam na Câmara Federal projeto que corrige teto do Simples e
do MEI
O projeto que corrige o teto do Simples Nacional, pela inflação a
partir de janeiro, travou na Câmara dos Deputados diante da resistência de
partidos como MDB e PT, que avaliam que o tema representa uma pauta-bomba no
primeiro ano de governo Lula. O texto amplia o teto de enquadramento da receita
bruta do Microempreendedor Individual (MEI) de R$ 81 mil para R$
144.913,41 , para microempresas para R$ 869,5 mil e para as EPP’s para R$ 8,7
milhões, aplicando um reajuste com base no IPCA pois o teto é o mesmo
desde 2006 quando foi aprovado o estatuto da micro e pequena
empresa. O deputado Marco Bertaiolli (PSD-SP), relator do texto na Comissão de
Finanças e Tributação (CFT), discorda de que a perda de arrecadação alcance
esse montante, e recolheu assinaturas para tentar votar a urgência do projeto.
Obteve apoio do PSDB, PL, União Brasil, Podemos, Solidariedade, Novo,
Republicanos, PROS e PSD. Já Paulo Okamotto, do grupo de pequenas empresas da
equipe de transição, avaliou que o aumento do teto pode acabar sendo uma forma
de subsídio - "Nós temos que ter uma apreciação política do que significa
esse subsídio", disse.
Precisamos fazer a Reforma tributária no Brasil
“Precisamos o quanto antes de uma reforma tributária neste país.
Precisamos diminuir a quantidade de impostos e tornar mais simples essas normas
tributárias, para dar a devida aplicação e a segurança jurídica para as
empresas”, afirma enfaticamente o auditor e perito contador, Vitor
Stankevicius. Segundo Vitor, o Brasil tem hoje mais de 70 tributos como o IPI
para as indústrias, o ISS para empresas prestadoras de serviços, imposto sobre
importações e exportações, entre outros. “Vejam, ano a ano, a carga tributária
aumenta, fazendo com que cerca de 40% do PIB nacional sejam tributos. Você
acredita nisso?”, questiona. Vitor recomenda que empresários se aproximem de
bons advogados tributaristas para avaliar possibilidades jurídico tributárias
de diminuir o encargo tributário das suas empresas. “De repente, em ações que
buscam créditos de tributos, créditos extemporâneos do passado que porventura
tenham sido recolhidos à maior pela sua empresa, fazendo se agora uma
compensação”. Vitor ainda recomenda que os empresários verifiquem com seus
contadores se para o ano de 2023 há a orientação de mudança no regime
tributário. “Para 2023, avalie se é mais interessante em termos de custos
tributários a migração para outro regime”, conclui.
Assista: https://youtu.be/4CJFnXU64Rg
Comissão aprova adesão ao Simples em janeiro e em julho
O pedido do Simpi NA caminha para aprovação a passos largos na Câmara
Federal, pois na última quarta-feira (22), a Comissão de Desenvolvimento
Econômico, Indústria, Comércio e Serviços da Câmara dos Deputados aprovou a
medida que possibilita que microempresas e empresas de pequeno porte que não
aderiram ao Simples Nacional no mês de janeiro, possam aderir no mês de julho
do mesmo ano de exercício. Em nossas justificativas do projeto, argumentamos
que se por um problema temporário a empresa perde a opção ao
regime, por exemplo em fevereiro, a empresa só retornaria ao Simples
em janeiro do ano posterior e com certeza terá imensas
dificuldades, podendo até fechar as portas. Desta forma ao corrigir o
problema, a empresa terá a oportunidade de voltar ao regime em
poucos meses. Calcula-se que tal medida beneficiará cerca de 300 mil
empresas por ano.
Anatel irá multar quem comercializar e utilizar TV Box pirata no
país
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou, ainda no início
deste mês, uma multa para a utilização ou comercialização não autorizada de
qualquer produto que não tenha sido homologado ou certificado pelo órgão, como
celulares e as famosas TV Box, que transforma uma TV comum em smart, mas que em
modelos piratas permitem que você assista conteúdo de TV a cabo “de
graça”. Para Pessoa Física e Microempreendedor Individual (MEI) foi
estabelecida uma multa de R$ 110,00 em infração leve, e uma de até R$ 30
milhões para Empresa de Grande Porte em caso de infração grave. Apesar da
determinação da Anatel, uma pessoa só será punida caso ela seja denunciada à
agência, que irá instaurar uma investigação para decidir se a realmente cometeu
a infração, e somente após o processo que a multa será aplicada.
A indústria precisa voltar a ter protagonismo na economia
“Estou otimista com o futuro do Brasil. Obviamente vai mudar um
pouco o jogo da economia. Mas nem por isso nós, empresários deixaremos de
ganhar dinheiro, basta entender qual vai ser essa mudança, reposicionar nossas
empresas e aproveitar o novo ciclo de crescimento econômico”, afirmou o
jornalista, economista e palestrante Luís Artur Nogueira entrevistado da semana
no programa A Hora e a Vez da Pequena Empresa.
Para 2023, Luís prevê um cenário mais desafiador para o Brasil devido a
alta dos juros na Europa e nos Estados Unidos para combater a inflação. Segundo
Luís, o ano vindouro será de ajustes e o novo governo federal não poderá
descuidar das contas públicas. “Provavelmente o governo vai colocar os bancos
públicos como protagonistas na economia para financiar quem precisa de
financiamento como micro, pequeno e médio empresário. Porque é justamente os
micro e pequenos que geram empregos, geram renda e fazem a roda da economia
girar”. Promessa que foi feita na campanha e que terá que ser cumprida ao longo
dos próximos quatro anos, assim como uma oferta maior de crédito, segundo Luís.
Nas reintegrações das negociações internacionais, Luís ressaltou que durante o
novo governo o acordo comercial Mercosul e União Europeia pode ser
implementado. E incentivou a inserção de micro e pequenas empresas numa pauta
exportadora. “Para isso, o novo governo tem que colocar os bancos públicos para
serem indutores da retomada de crédito”. Assista: https://www.youtube.com/watch?v=872iQ3hB2Cs
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