Quinta-feira, 14 de outubro de 2021 - 13h37
Regularizar os
débitos com o Fisco é uma das condições necessárias para os empreendedores
conseguirem manter a empresa funcionando e obterem melhores resultados no
momento da retomada no pós-pandemia. Para ajudar quem está em débito com
impostos, existem diversos instrumentos que preveem condições diferenciadas de
transação tributária, ou seja, que permitem negociar condições mais vantajosas
para quitar débitos de impostos.
Em entrevista à
Agência Sebrae de Notícias, a analista de Políticas Públicas do Sebrae, Lillian
Toledo explicou que as transações tributárias são um importante instrumento de
regularização fiscal, pois preveem condições diferenciadas como parcelamento em
até 142 meses, bem como 100% de descontos em multas juros e encargos.
Qual é a importância
das empresas regularizarem sua situação fiscal?
Os benefícios de
estar regular com o Fisco são muitos. Isso facilita o acesso a crédito,
financiamento de bens como crediários para aquisição de automóveis e
maquinários, por exemplo, maior acesso a benefícios bancários, como cheque
especial e cartão de crédito. Além disso, com o CNPJ regular é possível emitir
a nota fiscal, que é essencial a qualquer negócio. Também é possível obter a
Certidão Negativa de Débitos (CND) ou a Certidão Positiva de Débitos com
Efeitos Negativos, requisito indispensável para a participação em qualquer
licitação.
Quais são os
prejuízos para os negócios que não estão em dia com suas dívidas?
Os prejuízos são
muitos, sendo que fora as dificuldades de acessar os benefícios que citei
anteriormente, o CNPJ pode ser suspenso e depois de algum tempo cancelado. A
empresa ainda pode ser inscrita no Cadastro Informativo de Créditos Não
Quitados (Cadin) já dificultando qualquer parceria com o poder público. Para
quem está inscrito no Simples Nacional, pode ser excluído do regime, perdendo o
benefício da tributação especial.
Em relação às
cobranças das dívidas, os prejuízos são ainda maiores, pois além da incidência
de multas e encargos que se somam ao valor geral do débito, o empreendedor
poderá responder juridicamente por ele por meio de ações de cobranças
interpostas pelas procuradorias da Fazenda e da União, Estado ou Município, a
depender de quais impostos estejam atrasados. Nesse caso, se não pagar a dívida
poderá ter bens ou valores penhorados.
Quais são as
modalidades disponíveis no momento?
Existe uma enorme
pluralidade de editais no momento e que aumenta o leque de opções disponíveis
aos pequenos negócios para realizarem a regularização tributária. Além da
possibilidade de quitar os débitos fiscais, o empresário também pode
regularizar o CNPJ, um requisito indispensável ao acesso a programas
emergenciais, a crédito e às compras públicas, por exemplo.
No momento, além
das modalidades permanentes, há diversas modalidades abertas que oferecem boas
condições de negociação: Transação para o Setor de Eventos,
Extraordinária, Excepcional, Excepcional para Débitos Rurais e Fundiários,
Pequeno Valor e Contencioso Tributário.
Como o processo de
negociação é feito?
As simulações e
adesões aos editais e pagamentos das parcelas são feitos de forma 100% digital,
por meio dos portais Regularize da PGFN e pelo E-cac da Receita Federal.
Como o Sebrae tem
ajudado nesse processo?
Na nossa página de
políticas públicas é possível encontrar diversas oportunidades para os pequenos
negócios, tais como acesso a crédito, medidas emergenciais para amenizar os
efeitos da pandemia da Covid-19 e possibilidade de negociação das dívidas
fiscais por meio das transações tributárias.
Esse conteúdo é
essencial para que o empreendedor possa regularizar seus débitos com a União
por meio do acesso a condições diferenciadas, como parcelamentos em até 142
vezes e descontos de até 100% em multas e juros. São oportunidades de
regularizar o CNPJ feitas de forma online disponíveis até 31 de setembro e que
podem ser conferidas na aba Negociações de Dívidas na página de políticas públicas do Sebrae.
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